24 de maio de 2008

Amizades...

Eu não sei se posso dizer que já tive um amigo de verdade na vida. Ah, eu sou jovem, ainda posso ter muitos amigos na vida! Ironia. As coisas podem até ser assim, mas quem já viveu algumas mesmas coisas que eu e soube ver com o mesmo olhar, entendeu que muitas vezes você pode mudar de lugar, mas as pessoas são sempre as mesmas.
De qualquer maneira, sobre isso eu não sei. Eu não tenho tanta experiência. Só as minhas próprias. (No meu mundinho fechado, algumas pessoas diriam. Pessoas que não entendem nada de mim...) Eu acho que estou aqui pra falar de algumas pessoas importantes na minha vida de alguma maneira. Deixa eu ver... Bom, nós não éramos exatamente amigas sabe, mas desde o primeiro momento que nos cruzamos vi que tínhamos uma coisa em comum. Eu estava passando por uma transição meio "instável" pra mim à época, não pude ver algumas coisas. Sei que o tempo foi passando e criei uma imagem dela que talvez fosse até real, mas eu não deixei que o que era bom fizesse parte dessa imagem. E perdi muito com isso. Falei e fiz coisas que não se fazem à uma pessoa legal como ela. Hoje ela não está mais aqui, e eu sinto muita saudade daqueles tempos. Se eu soubesse como seria o futuro, teria feito muita coisa diferente. Só que eu não sabia. Hoje, eu sou a "desprezada", e ela não tem motivos pra fazer isso diferente, não somos parte mais de uma mesma vida. Ela se virou bem com suas mudanças. Por que eu tenho que me revirar no passado?
Bom, com ele foi "amizade a primeira vista". Eu não sei o que eu fiz pra conquistar aquele jeito rebelde, mas fiquei feliz de ter conseguido um amigo como ele. Engraçado que, eu não pensei que pudesse ser assim, mas foi nos momentos mais difíceis, quando eu realmente precisava de um ombro amigo, que ele estava lá. E foi isso que me fez saber que eu sempre poderia contar com ele. Alguns mal entendidos. Eu não sei se soube corrigi-los bem, mas mesmo que não tenha sido do melhor jeito, eu pelo menos não perdi meu amigo. Não por parte dele. Mas desta vez, fui eu quem resolveu ir embora, e deixar isso pra trás. Arrependimento foi meu companheiro, e ainda é muitas vezes.
Eu sinto falta daqueles cartões de Natal no fim do ano. Poucos com respostas, mas as que vinham, eram de coração.
Ah, houve mais pessoas, mas eu não quero deixar este texto muito grande. Mas acho que elas merecem ser citadas.
Bom, uma eu nunca a consegui entender. E quando eu achei que sabia, ela me mostrou o contrário. Nos conhecemos há muito tempo. Nos aproximávamos e nos afástavamos. Não por minha parte, claro. Ela era meio estranha pra mim porque em um dia estávamos bem, e no outro, ela agia estranhamente comigo, indiferente, gelada. Eu não vinha onde tinha errado. E na verdade, acho que realmente, nada tinha feito, era uma coisa dela. Mas era justo descontar em mim? Me fazer sentir mais deslocada ainda naquele mundo que não era meu? Depois, ela planejava ir embora, e eu fui também. Ela tentou avisar a todos da minha partida, eu desmentia a verdade, como se isso pudesse mudar as coisas. Eu não queria ir pra felicidade, acredita? Mas isso são histórias de amor,que eu não quero envolver aqui. O importante, é que eu fui em rumo a minha felicidade. E que bom que eu fui! Lá, nos encontramos novamente. Nos aproximamos. Eu levei mais alguém comigo. Uma época, foi a minha vez de me afastar. Ir pra diversão, sabe. Foi bom. E foi melhor ainda ouvir todo mundo falando de mim como se eu estivesse quebrando regras, e eu respondia com um sorriso de felicidade. Não posso dizer que não ligava para o que eles falavam. Mas a diferença é que o meu "ligar" não era mudar de atitude, era continuar a fazer mais e mais o que eu estava fazendo. Era bom pra mim. Até hoje, foi o clímax da minha vivência. Bom, mas aí, quando esses meus "amigos da diversão" tiveram que ir, eu voltei a me refugiar na companhia da minha velha amiga. E ela foi meu porto seguro nos meus momentos mais difíceis. Ela não sabia, e nem eu. Quando vi, ela era minha única e melhor amiga. É, só que novamente eu a abandonei. Porém, de um ângulo maior. A queda foi quase fatal. Mas mesmo muito machucada, eu consegui seguir em frente. Só que quanto mais seguia, mais distante ela ficava, porque ela seguia por outro caminho. Talvez ela tenha se sentido abandonada, como eu me senti muitas vezes. Mas logo ela arranjou outra de mim. Mas eu não consegui uma cópia dela, dos nossos momentos de diversão. Eu mais uma vez, me revolvi no passado, na amargura do arrependimento doloroso que me fincava como essa dor nas costas com a qual ela nem se importa. Eu escolhi esse caminho e ela não fez questão de tentar me impedir e nem de tentar manter contato apesar da distância. Hoje, ela também me "despreza". E a cada dia que eu tento mudar isso, não obtenho uma visão diferente da situação. Me decepciono mais uma vez.
Bom, a última história que escolhi pra contar hoje. É de quase uma vida toda. É de uma segunda mãe pra mim. Ela me deu amor, carinho, dedicação. Eu devolvi tudo em rancor,nojo, palavras cuspidas. Me avisaram que eu me arrependeria, eu ouvi e não ouvi ao mesmo tempo. Entende?Eu ouvi, mas não segui o conselho de mudar de atitude, e continuei com a minha agressividade sentimental. Com o tempo, fui melhorando. Eu tive um aviso maior que todos os outros. Não foi ninguém que me falou. Aconteceu. Amenizei minhas atitudes. Um pouco, acho que por dó, o outro pouco, por medo de perda. Mas foi quando eu menos esperei que aconteceu o que eu temia. Foi um choque. E o primeiro daquela intensidade na minha vida. Eu lembro da sua voz até hoje, de uma de nossas últimas conversas, de um abraço gostoso que eu tive um dia, o único que eu consigo me lembrar (eu não a abraçava muito). Tão à flor da pele dos acontecimentos, não bastavam as pessoas dizerem que ela estaria em um lugar melhor do que este. Com o tempo, superei. Ou pelo menos, achei que sim. Arrependimento também faz parte desta história. Ela se foi, mas eu ainda a amo. Pena, que descobri isso tarde demais. Não tem como pedir perdão. Apenas em sonho, como eu fiz muitas vezes, até que um dia ela me perdoou, e se foi de vez, até dos meus sonhos.