31 de dezembro de 2009

Ano Novo

Ler ouvindo: a música que te lembra os melhores momentos deste ano
Ah, gente! Pois é, últimos momentos de 2009... Que friozinho na barriga!... Ok, nem tanto. Depois do Natal (que acabou sendo bom, por incrível que pareça), o ano acaba rapidinho. É sempre meio triste, deixar alguma coisa para trás, mas é bom também, aquela sensação de renovar, do desconhecido, novos tempos... Antes que eu me esqueça (de qualquer maneira, teria que ser muito lesada para esquecer), gostaria de desejar TUDO DE BOM, mesmo, para todos!
Eeee, bom, virada do ano = simpatias!
Pois é, pois é, pode parecer meio desnecessário para alguns, mas a gente sempre topa com alguém na praia mostrando a bunda pra lua. Além dessas, há outras coisas simples (e menos ousadas também) que as pessoas costumam fazer. Tomar banho de rosas brancas, passar de calcinha rosa, pular sete ondas, jogar flores no mar, comer sementes de romã... A tradicional estourada de champanhe à meia-noite! Que aliás, já está chegando, então deixa eu ir desligando o PC...
Que 2010 seja cheio de luz, paz, saúde, sucesso, alegria, realizações, prosperidade!... Tchaaau 2009! Acho que não tenho do que reclamar, não. No final, tudo acaba bem. Há! Parece que foi ontem que o ano começou...
Diário de Bordo, chegamos a mais um porto.

21 de dezembro de 2009

Blábláblá


Ler ouvindo: The Violet Hour (New Moon Soundtrack - Sea Wolf
Ah, gente, amo natal, dezembro é um mês muito feliz, e isso vai muito além de todo o materialismo que esse tal capitalismo faz a gente adquirir em épocas natalinas. É um espírito de Natal mesmo, uma coisa que fica no ar. Mas pqp (e desculpem o termo), não tem dado tempo nem de dormir direito.
OK, a semana depois do último post foi a semana mais louca dos últimos tempos porque eu realmente tive que lutar contra o relógio, e muitas vezes saí perdedora... ¬¬º
Mas assisti Lua Nova! *-* (Comentário breve porque falar nisso me deixa pensando no filme o resto do dia.) Sem palavras para descrever. Gostei muito, achei que eles souberam adaptar a história do livro bem. Gostei das músicas, mesmo não tendo The Fray na trilha sonora. Ah, claro, detalhe musculoso: me apaixonei mais ainda pelo Jacob (alguém não babou?). Quer dizer, você já é apaixonada pelo personagem e ainda colocam um ator lindo de morrer pra interpretá-lo. Arrebenta a bicicleta mesmo... Pra mim, ele é o mais gato do mundo. Ganha do Johnny Depp, de qualquer um. (Viu como eu falei que isso rendia assunto?...) Última coisa: perseguição. Ah, perseguição mesmo, porque não tem um canto, um mísero lugarzinho que você olhe que não tenha uma foto do Taylor. O menino tá fazendo mais sucesso que tudo, porque falando sério: tem gente que já nasce com todo o glamour ou que todo mundo idolatra porque é lindo(a) e loiro(a) dos olhos azuis e nariz compridinho, mas quando você vê alguém mudar e gosta do resultado, acho que rende muito mais. E daí que chega a ser uma exploração sexual do menino? Todo mundo adora...
Comprei uma câmera. Não é legal? Não, não era um bem essencial à minha sobrevivência, mas agora eu vou poder postar fotos decentes no meu Flickr. Não que a câmera do cel seja ruim, é até bem boa, mas uma câmera ajuda bastante na qualidade de uma foto. Além do mais, fotos no cel significam poucas músicas na memória.
Estive em Juiz de Fora (foi a viagem mais conturbada da minha vida). Tem coisas que só acontecem comigo mesmo, porque quase tudo que podia dar errado deu. Ainda bem que o quase me salvou. Sem mais delongas sobre o assunto.
Natal. Amo! Mas nem tive tempo de colocar uns pisca-pisca lá fora. Mas tudo bem, eu me perdôo. Esse ano vai estar a família toda junta. As parentadas legais, as chatas, etc, etc. Família às vezes é complicada, mas tenho fé de que vai dar tudo certo! Hahaha’ Pelo menos pretendo tirar muitas fotos (bonitas, de preferência).
Tem mais outras coisas que eu gostaria de relatar, mas nada que possa salvar este post. Vou viajar amanhã (de novo), então não vou poder muito. Mas espero voltar antes disso. Se não, FELIZ NATAL a todos e BOAS FESTAS!!! =)

5 de dezembro de 2009

Calvin + Ensaio

Ler ouvindo: Talk - Coldplay

Só para compensar a tirinha sem graça do post passado (à época parecia engraçada...), olha o que eu achei:
a)


b)

Adoro esses dois. Para quem quiser ler mais: http://depositodocalvin.blogspot.com/

Bom, e quanto ao resto, é só um ensaio. Você só vem quando eu estou doente...

"Engraçado como certas coisas acontecem quando a gente menos espera, e como as pessoas que a gente menos imagina marcam nossas vidas nas circunstâncias mais improváveis."

Entrei naquele hotel procurando uma resposta, qualquer fim para aquela situação ridícula de “meu pai tem uma amante”. A verdade é que queria também dar um fim na minha própria vida. Andaria com a mesma determinação para um precipício se houvesse um adiante. As coisas não andavam justas para mim.
Estava na recepção quando aconteceu. Claro que percebi uma música quando entrei, mas pensei ser um som ambiente ou qualquer outra coisa. Mas só quando me atentei às notas é que percebi que era real. Aquele som de piano invadindo meus sentidos à força e me tranqüilizando, contra a minha vontade, intrigando-me, fazendo com que eu me desviasse. Pode parecer ridículo, mas parecia me chamar. E eu a segui.
Levou-me a outro salão, onde tudo parecia dourado. Cortinas, paredes, o tapete cor de caramelo com desenhos harmônicos. Até as poltronas pouco ocupadas. Um mundo à parte. O sol batendo inclinadamente contra as cortinas fechadas parecia ser o responsável por esse efeito. E só se destacavam ali o piano, preto, e ele, o pianista, de costas para mim.
Atemporal. Fiquei parada observando-o por um tempo indeterminado. Para mim, pareceu uma eternidade, a melhor eternidade que eu já experimentara. Então, finalmente, ele se virou um pouco no seu banquinho, ficando levemente de perfil, os cabelos dourados destacando-se de uma maneira perfeita. Ele inspirou profundamente enquanto tocava as teclas do piano produzindo a melodia que não era nem triste nem feliz, nem doce nem nada. Era apenas o puro som que só o piano consegue produzir.
Fiquei, mas pela música. Sentei em uma das poltronas, com a mente já vazia, só aproveitando aquele momento. E observando à volta aquela atmosfera tão diferente do que eu sentia há minutos atrás. Uma grávida lia um livro, uma criança brincava fazendo ruídos baixos, um velho cochilava. Havia um homem em seu notebook também, algumas pessoas subiam e desciam pelo elevador daquele cômodo. Uma campainha estridente tocou na recepção, mas nada parecia perturbar o pianista.
Até que meu celular tocou (...) e, para a minha surpresa, ele parou de tocar. Depois olhou na minha direção com uma expressão que eu não soube definir, só sei que senti o sangue fluindo para o meu rosto. Que vergonha! Ele não parecia... bravo, mas é claro que fiquei incomodada. Todos perceberam que ele parou por minha causa. Quando finalmente achei o celular na bolsa, saí dali para atender. Passando pela grávida, que me encarava, pedi desculpas rapidamente, sem graça.
Era minha mãe.
- Não, mãe, já estou no hotel, e não vou voltar.
- Esqueça isso, por favor – a agonia dela acertou tão fundo meu coração que por um momento pensei em desistir.
- É o melhor a fazer. Confie em mim...
- Vamos repassar isso com calma...
- Não, mãe. A vida inteira foi assim – e enquanto dizia, voltava-me para a “sala dourada”, na direção do elevador – Está na hora de alguém além de nós assumir alguma responsabilidade. Já estou subindo.
Apertei o botão do elevador antes mesmo de conseguir chegar perto o suficiente para não parecer uma desesperada. E as portas se abriram no mesmo instante. Entrei e ao me virar percebi que ele olhava na minha direção. Balancei o celular de leve e pedi um “Desculpa” mudo, do tipo leitura labial (não intencional; o som que não quis sair). Ele pareceu responder um “Sem problemas” da mesma forma e dar um sorriso leve, e só então recomeçar a tocar. E tudo isso num intervalo de abrir e fechar de portas de elevador.

29 de novembro de 2009

Lei de Murphy

Sabe aqueles dias em que era melhor você nem ter levantado? Aqueles dias em que dá tudo errado?... OK. A primeira coisa que você faz não dá lá muito certo, você fica um pouco irritado, mas tudo bem. Só que quando a segunda e a terceira coisa acabam saindo um cocô também, é sacanagem. E para completar, é domingo. Pois é, domingo já é um dia meio "estranho", principalmente quando seu final de semana já está pela metade. Sobra tudo para fazer no domingo, um dia que deveria ser para descanso. Pressão, decepções, sei-lá-o-que... Acordei assim hoje. E aí tudo foi parecendo uma reação em cadeia, todas as chances expiradas. Maldita lei de Murphy! Aí cá estou eu. Nada contra quem termina o domingo no PC, eu mesma já fui uma pessoa que fazia isso sempre, mas descobri que esse é o horário perfeito para se ver filmes (viciada em filmes). É que isso faz esquecer por um tempo que é domingo, e que amanhã é segunda... E o que não deu tempo de fazer não deu, aí que eu me vire depois, essas coisas. Quando esse dia meio morto termina assim é sinal de algo deu errado, porque eu não tive tempo nem de ver filme nem de fazer minhas unhas. E não, não estou com cabeça para estudar. Nem aturar as perguntas da minha mãe: "Você tá com raiva de mim? Por que tá assim? Conta para mim. Que que foi? (...)" A menina não pode nem ficar quieta, brava, odiar tudo? Sem liberdade de expressão dentro da própria casa, uma das desvantagens de ser filha única: monitoramento 24 horas...
É, a semana vai ser f... fogo! Eta vontade de chutar o pau da barraca, como diz o outro.


Para descontrair...

8 de novembro de 2009

Dreamer

Ler ouvindo: Be Be Your Love - Rachel Yamagata

Ninguém ia querer ler a droga que eu postei ontem, então resolvi fazer um post decente hoje (pelo menos, o máximo de "decente" possível). Espero que um poema ilustre a mente confusa...

Começar o dia com um amor inglês
Bagunça e aconchego,
lareiras, tapetes e cores em listras
Terminar o crepúsculo com um amor grego
todo o azul da ilha, todo o vento do mar
O sol, o calor...
Todo o conforto que alguém especial pode trazer
Não pense mal de mim, só tento me encontrar
Nessa inconstância
Confusão de desejos
Caminhos brilhantes, realizações eternas
Tento ver o fútil como a estrada que alcança mais
e sofre menos
Mas só consigo enxergar que a garota sonhadora ganha muito mais
Alcança mais e sente mais cada realização
Tem até poucos tropeços
Tem algo a seu favor
Pode demorar um pouco,
mas hoje eu aprendi que o que se procura
sempre acaba chegando às suas mãos
Quero ser seu amor real
Quando a minha estrela vai atender ao meu pedido maior?

7 de novembro de 2009

Abandono

Ler ouvindo: Trust Me -The Fray
A menina tinha uns 5 anos. Com a vozinha desafinada ligava para o pai todas as noites e contava o que fez. Ele perguntava da mãe, ela dava os recados que ele pedia. Imagine uma ponte. Ela funcionava bem como isso.
Nos finais de semana o pai estava na cidade e eles combinavam de ir passear. Ela acordava cedo e ficava na expectativa, como sempre ficava com pessoas que vêm de vez em quando. Sentava-se no passeio para esperar o pai chegar. Olhava ansiosamente para o fim da rua esperando o carro contornar a esquina. Os estranhos passavam, a vizinha passava, a Teresinha perguntava o que ela fazia ali. Estou esperando meu papai. E os minutos eram tão lentos. O céu azul acima, o sol, o vento acariciando os cachos dos cabelos claros, a palmeira do jardim da frente dançando aquela dança também. E ele não chegava... Os lentos minutos se transformavam em horas.
A mãe, de dentro da casa, olhava preocupada para ver se estava tudo bem, e depois de chamar algumas vezes, insistindo nas últimas, fez com que a filha entrasse, vencida. Ele não veio.
Esqueceu de mim.
À noite, quando vinha, era só depois que a menina havia se deitado. Até que um dia ela lutou contra e sono e na cama mesmo, conseguiu ficar acordada. Ouviu finalmente o motor do carro. Ouviu a porta se abrindo. Sussurros. Passos pesados. O chaveiro na porta de outro quarto fazendo barulho contra a maçaneta. O som que nunca mais saiu de sua memória, que trouxe à consciência a dor de ouvir a porta de um quarto se fechando. Seus pais lá dentro. Ele nem foi vê-la, mesmo que dormindo. Mesmo que sonhando, com o dia que podiam ter tido juntos.
E agora que sabia que era capaz de ficar acordada até que ele chegasse não conseguia dormir mais, por mais que quisesse. Aquela cena repetida várias vezes. E o que ela sentia era um aperto no peito, indescritível, ela ainda não sabia o que era. É que ele não veio para vê-la.
Esqueceu de mim.

2 de novembro de 2009

Oração

Desculpe pela flor de última hora, e pelo túmulo meio sujo. Nem fizeram um arranjo na floricultura... Acho que isso não importa, não é? Você nunca ligou muito para aparências.
Olho tudo aqui e me lembro daquele dia triste em que trouxeram o seu corpo pra cá. Lembro dos últimos tempos, a luta contra a doença. Mas não, não é isso que deve ser lembrado. Gosto de lembrar de você como a mulher forte, a mulher que sabia História como ninguém, a mulher que falava francês, a mulher na qual eu me inspiro pra tentar se alguém. Queria que me visse tentando encontrar minhas afinidades escolares também, continuando a lidar com a música, aprendendo francês... Queria que sentisse orgulho de mim, porque é isso que sinto quando me lembro de você.

1 de novembro de 2009

A Volta da Lua

Ler ouvindo: Real World - The All-American Rejects

Meio milênio depois, A Volta da Lua (esse negócio de pseudônimo misturado com apelido de verdade é ruim por isso, ficou parecendo que o título é sobre os giros que a Lua dá em volta da Terra,ou qualquer coisa do tipo, mas não é! É só sobre eu estar de volta...). Peço desculpas pelo sumiço. Parece que aconteceu um monte de coisas enquanto eu estive fora. (Às vezes esqueço que isso aqui não é mais uma página vazia largada ao relento.) Motivos do sumiço: falta de inpiração somada à falta de tempo (é, simples assim).
Antes da parte mais legal, deixa eu contar: ontem foi Dia das Bruxas. Poucas pessoas lembram, mas como eu comentei uma vez, costumo "comemorar". Parece que esse anos as coisas foram meio paradas: nem chamei ninguém, pensei seriamente em deixar de lado, mas aí resolvi espalhar uns enfeites toscos pela casa. Fiz algumas coisas na cozinha ("fiz" é modo de dizer; o máximo que eu realmente executei foi pegar colheres no armário, esfarelar bolachas, picar e comer chocolate). Comi MUITA bobagem, até acordei passando mal hoje. Ah! Assisti aquele filme que passou na TV ontem. Pois é, ninguém tem a decência de lembrar que foi Halloween, aí a gente assiste "Nunca fui beijada" mesmo. Não que o filme seja ruim, é só a minha indignação de não-reconhecimento da dada pelos brasileiros. Não faz parte da nossa cultura, simples assim. (Deve ser o mesmo que pedir que os ingleses comemorem o carnaval com desfiles de mulheres peladas.) Mas mesmo assim não me conformo.
À noite a minha intenção de ficar acordade até de madrugada foi pro beleléu porque fiquei com um sono do c...aramba.
Bom, tudo bem então que o Halloween tenha sido um fiasco. Rumo ao Natal agora. É que adoro coisas temáticas e meu hobby é organizar decorações.
Outras coisas-que-só-acontecem-comigo eu conto futuramente, pra não estender muito isso aqui. Vamos ao que interessa: presentes!! (Uhul!) Ganhei 4 selos:


Obrigada Tathy!

Bom, eu tenho dizer qual o significado dos comentários que meus amigos deixam nas minhas postagens:


Especialíssimos! É que é muito bom saber que as pessoas lêem as bobagens que eu escrevo aqui e ainda deixam sua opinião a respeito. Os comentários dão a impressão de proximidade, fazem do blog uma coisa mais dinâmica e são meus pequenos prêmios de cada postagem.

Repasse para de 6 blogs.


Obrigada, Atilas!


OK, 8 características marcantes (ainda bem que isso não significa que tenham que ser boas, porque falar bem da gente é sempre difícil):


1- Sonhadora, o que é muito chato às vezes porque eu não consigo me concentrar em nada só para ficar devaneando;
2- Confiável;
3- Perfeccionista (eu tento não ser, mas é dicícil... o engraçado é que mesmo assim meu quarto é uma bagunça);
4- Preguiçosa (é fato, que droga!);
5- Altruísta, o que me faz esquecer de mim muitas vezes;
6- Não valho nada, pelo menos isso é o que costumam dizer. Posso encarar como um sinônimo para "você é gente boa, mas para de falar bobagem para eu continuar gostando de você"? Conclusão = Falo bobagens sem pensar;
7- Faço propaganda das minhas bandas favoritas (Qual é, McFly é legal!, The Fray, você nunca ouviu The Fray?! Não é possível!, Eu gosto de Engenheiros sim, algum problema?, Não ri, é claro que Coldplay é ótimo!...);
8-Fico vermelha (odeio!, mas tá aí outra coisa que é fato; pretendo mudar, ainda não sei como...).


Valeu de novo, Atilas!


É para falar de 5 coisas sugoi, ou seja, incríveis.

Hmm... Vejamos:

1- Relógio analógico (eu sei que é meio estranho alguém achar isso incrível, mas eu não resisto, acho fascinante por algum motivo desconhecido);

2- O universo (é lindo olhar as estrelas à noite e pensar nos planetas e satélites);

3- Como o cérebro de pessoas de nacionalidades diferentes pensa em línguas diferentes, mas nas mesmas coisas;

4- A natureza (lindas paisagens do alto de uma montanha, neve, flores, etc.);

5- Músicos que solam a guitarra e ficam dando pulinhos ao mesmo tempo (como eles fazem isso?).

Ah, gente, sem muitas coisas para apreciar. Acho que eu sou uma pessoa meio fútil (só agora que eu percebi isso?...)


Obrigada, Fátima!


Sem palavras para agradecer, obrigada por considerar meu blog VIP. Ao meu ver ainda falta tanto para chegar no perfect, mas obrigada por ver esta página com bons olhos.






Repasso os selos para:
Rafaela
Atilas
Tathy
Natália
Aline
Fátima
Isabela
Manéco

Não precisa responder ao selo que você mesmo mandou, ao não ser que você queira. :)


Valeu mesmo, de coração! Vou até fazer um muralzinho ali do lado paro os meus selos da hora. E mais uma vez, desculpa pelo atraso...


E, gente, ganhei um cartão vermelho! Valeu, Tathy!
Uau, vamos lá, 10 coisas que merecem cartão vermelho:

1- Gente falsa;
2- Comida estragada;
3- Gente que acha que manda nos outros;
4- Gente que deixa a cabeça subir quando sobe um degralzinho na vida;
5- Funk no último volume às duas da manhã (você pode gostar do batidão, mas eu quero dormir, bolas!)
6- Quem desmata, coloca fogo em matagais ou faz qualquer outra coisa que agrida fortemente a natureza;
7- Quem fuma em lugares fechados;
8-Pessoas que odeiam e maltratam animais (pode não gostar, mas não chuta, ok?)
9- Gente que não conversa direito no msn;
10-Gente que perturba enquanto eu tento ver TV.

Até que não foi tão difícil assim, rs. OK, o certo é passar para 5 pessoas, mas eu desafio o pessoal aí de cima a tentar.
Beijos!

17 de outubro de 2009

Conto de fadas [spoilers(?)]


Sempre foi um conto de fadas. Embora muito levasse a crer num terror, era mesmo um conto de fadas, com todos felizes para sempre. E engraçado que o fim não parece bem o fim. Ao mesmo tempo que é definitivo, parece cercado de acontecimentos tão casuais que poderiam muito bem gerar uma continuidade.

A tarde em que passei lendo uma parte não poderia ser mais apropriada. Céu cinza-arroxeado pós-chuva contrastando com o solzinho fraco que surgia, tudo observado através do vidro da janela azul fechada, daquele quarto onde já li tempos passados, quando a aventura era diferente. O tempo parecia não correr, parado em um horário indeterminado que parecia sempre quatro e alguma coisa da tarde.

Não há muito mais o que dizer. Despedir-me de Crepúsculo foi anciedade pura, esperando pelo filme iminente. O romance perfeito, que me deixou numa atmosfera em que nada, nada alcançava tamanha perfeição. Lua Nova teve um fim ausente, como a própria lua no céu, e deixou no ar algo bem parecido com o pôster que criaram para o filme. Um triângulo amoroso feroz, instável. Não gostei de Jake sair machucado. Eclipse teve um fim doloroso. Foi um livro para esse meu personagem preferido, que partiu no fim, deixando-me magoada sem saber do seu futuro incerto. Segundo e terceiro livro são como um, visto inclusive que Lua Nova teve um fim de efeito quase nulo sobre mim, talves por isso, por achar que as histórias podem muito bem se unir. Já Amanhecer mostrou-se totalmente afastado do resto da história, um caminho bruscamente diferente tomado. Raiva foi um efeito latente que produziu em mim a partir de um certo momento. Apaziguada depois, mas não esquecida. Só não mais latente.

É como se tudo que foi começado perfeitamente tivesse tomado rumos difusos e o esperado fim brilhante não tivesse vindo. Talvez isso tenha feito a separação, o fim, menos doloroso, mas acho que ainda preferiria uma obra-prima. De qualquer maneira, também tenho meus agradecimentos a fazer. Agradeço pelos momentos de êxtase, pela escrita gostosa de ler - inegável que é uma escritora talentosa, apesar de tudo - e por ter me mostrado, de alguma maneira, que estou no caminho certo.

15 de outubro de 2009

Tarde de chuva silenciosa

Antes que escureça...
“A imaginação da pequena vila no interior da França, o aroma de molho na cozinha, a monotonia da vida virtual, lágrimas silenciosas no interior de uma sala semi-iluminada, o tráfego do alto de um prédio...”

Eu vi um filminho legal hoje. Pelo menos você não corre o risco de passar filme de ação na semana das crianças. Não foi ontem que passou Bambi?...
Bom, eu vi o filme de hoje, mais ou menos do meio pra frente. Até me apavorei. Só porque hoje comecei um diário virtual me passa um filme em que o diário de uma garota é publicado por acidente. OK, ela acabou virando uma celebridade, o que foi bom em certos aspectos. Sempre os mesmo problemas, a fama faz você perder os amigos, ganhar uns falsos, conquistar o garoto perfeito (ou pelo menos o que você achava que era perfeito...). Aquele amigo dela, o Connor, não tinha uma carinha de Rupert Grint? (A garota aqui é viciada no ruivo...) Assim, só um pouquinho, quando ele fazia aquela carinha de decepção?
Voltando à Terra, esses filminhos de Sessão da Tarde distraem bem a gente numa tarde de chuva silenciosa. E diários são legais. Eu gosto de escrever diários. Nos últimos tempos comecei vários, mas privacidade sempre foi algo difícil pra mim, já que tem sempre alguém vasculhando as minhas coisas, querendo descobrir sempre as entrelinhas, não vendo que, o que está num diário, é porque eu não quero dividir com ninguém. Cheguei a inventar um alfabeto (coisa de criancinhas, não?). Mas até que foi legal. Ele é super-prático. Mas não me sentia expressar completamente.
Mesmo que digitar não tenha a mesma mágica de escrever, é mais rápido e, digamos que se adéqua mais aos tempos modernos. Vamos ver se esse diário virtual dá certo. É que geralmente acaba não funcionando muito bem, sei lá por que.
Eu encontrei o pianista ontem. Foi tão casual. Tão do nada. É estranho escrever sem paixão. Mas as coisas saem também. E saem bem. Mais do que bem até. O estranho foi que, ao invés de criar uma atmosfera para “fugir” da vida real, da dor ou do abandono, que já não aparecem por um bom tempo, eu criei um ar que projetava o meu ambiente real. E tive hoje a mesma intenção. Colocar minha vida no livro, ao invés de idealizar e viver naquelas páginas tudo o que eu sonho? Colocar essa minha vidinha em teclas de marfim, nas páginas coloridas? É, a minha vida. I like to be who I am.

12 de outubro de 2009

Criança interior


"Você não vai me dar parabéns?", eu perguntei ao meu pai.
"Ah, parabéns... É, parabéns! Apesar de você não ser mais criança."
"Mas todos temos uma criança interior..." (lugar-comum mais batido que tudo)
"Temos, mas ela vai se adultando."
Será? Quer dizer, "todos temos uma criança interior" pode ser batido, mas não usado tanto à toa. E se a criança fosse crescendo, não seria mais criança. O que eu penso que acontece é que nós a oprimimos, achando que temos sempre a razão, afinal somos mais velhos e responsáveis, temos um compromisso com a sociedade, enquanto a criança, bem, é só criança. É como a reação de não ouvir o seu irmão caçula quando ele dá um conselho.
Mas a criança está lá, sempre está, e às vezes a deixamos escapulir, quando fazemos uma piada inapropriada e tola, mas engraçadíssima, quando brigamos pelo controle remoto, quando dá vontade de brincar no parquinho, e nós realmente vamos (escorregador não é o máximo?), quando choramos e "chutamos o pau da barraca" porque não conseguimos; depois a gente vai e tenta de novo. Quando não paramos de fazer perguntas irritantes, mesmo que tenhamos percebido que chegamos ao limite de paciência do outro; quando topamos uma guerra de comida, rebolamos no meio da rua e cantamos sem nos importar, querendo apenas ser feliz! Yeahh, já reparou que a criança vem nos salvar quando estamos estagnando na nossa rotina adulta e chata? Nós, os adultos responsáveis (demais), comprometidos com a sociedade (demais), os adultos donos da razão.
Por isso, apenas por isso, e por tudo isso, é que devemos deixar o pirralho interior respirar de vez em quando, pois são as crianças que vão atrás das coisas mais essenciais e banais da vida sem medo: felicidade, amor e... doces.



Parabéns a todos que são (ou têm em si) crianças!

9 de outubro de 2009

Aonde acasos nos levam...

Ler ouvindo: Send Me On My Way - Rusted Root

Tinha tudo para ser uma navegação inútil na internet, até que... Fuça daqui, fuça dali, procurando coisas banais como receita de maçã assada, do que falam os filmes A Liberdade é Azul, A Igualdade é Branca e A Fraternidade é Vermelha... Onde fica Bornem, sede da Kipling? Vale muito à pena googlar depois. As fotos são lindas! E, bem, foi aí que eu acabei achando um blog muito interessante falando porque a marca tem esse nome. Acabei lendo outros posts e descobri algo apaixonante!

Moleskine é um caderno que possui uma capa de um couro chamado moleskin e um elástico que o envolve . As folhas são de papel italiano sem cloro. Ele possui um bolso interno para guardar, tickets, cartões, etc. Exitem de todos os tipos e para todos os gostos.


Há! Já vi vários desses em filmes sem saber o que era, pensando que fosse um simples diário, agenda, qualquer coisa do gênero. O que me fez postar sobre? Descobrir que Amélie Poulain tinha um. Esse eu nunca tinha reparado, e como achei o filme encantador, tive que postar. Além do que, a cada minuto esse minúsculo caderninho foi me catiando (pesquisei a fundo sobre ele, hein). É que frequentemente eu tenho necessidade de escrever e tenhos pilhas de caderninhos. Uns carrego, outros não. Escrevo de tudo neles, até faço meus rabiscos (não, aquilo não pode ser chamado de desenho...). Acabei me identificando, descobrindo que faço meus próprios moleskines improvisados.


Sem falar que inspira pra caramba saber que caras como Van Gogh, Picasso, André Breton, Bruce Chatwin (o cara que deu fama ao moleskine), entre outros, tiveram moleskines e depositavam neles seus pensamentos de alguma forma.
Aí, você pensa, uau! Quer dizer que eu tenho algo em comum com esses caras?? Pois é...



Claro que dá vontade der ter um de verdade, um "original". Mas no Brasil é um pouco difícil. Fiquei sabendo que criaram uma versão nacional ecológica, o Moleco (moleskine ecológico). Boa pedida também. Mas de qualquer maneira, acho que o mais importante é captar a essência do que registrar coisas em um moleskine. Expressar-se, relaxar... Um significado para cada pessoa.



Maaas, se alguém ver algum moleskine a venda por aí, me avise!

Para saber mais (e babar), vale a pena visitar:

7 de outubro de 2009

Quase

Luiz Fernando Veríssimo

Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez é a desilusão de um quase. É o quase que me incomoda, que me entristece, que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi. Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda estuda, quem quase morreu está vivo, quem quase amou não amou. Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono. Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna; ou melhor não me pergunto, contesto. A resposta eu sei de cór, está estampada na distância e frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na indiferença dos "Bom dia", quase que sussurrados. Sobra covardia e falta coragem até pra ser feliz. A paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai. Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são. Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza. O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz dentro de si. Não é que fé mova montanhas, nem que todas as estrelas estejam ao alcance; para as coisas que não podem ser mudadas resta-nos somente paciência porém, preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é desperdiçar a oportunidade de merecer. Pros erros há perdão; pros fracassos, chance; pros amores impossíveis, tempo. De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance. Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que lanejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

3 de outubro de 2009

Qualquer coisa

Ler ouvindo: Segredos - Frejat

Qualquer coisa
Me diga qualquer coisa
que substitua o vazio das palavras sem vida
Dos olhares distantes
Do calor morto que a cidade traz.
Qualquer coisa que traga o vento das mudanças
para as nossas vidas
Una os caminhos e
deixe para a trás a decepção dos sonhos quebrados
Qualquer loucura, atitude insana
que tire a neve de sobre as árvores
Que faça as flores renascerem
com cores e e perfumes inéditos.
Algo que traga bombons recheados de essência de vida,
cremes de avelã e saliva de beijos acalantados.
Qualquer coisa que faça a nossa vida parecer uma música
feita dos melhores acordes e timbres de voz.
Que possamos brincar e correr pelos campos quentes em tardes de verão
e nos aquecer em chalés nos crepúsculos do inverno.
Qualquer coisa que seja mais do que a poesia forçada,
do que a fala ensaiada, do que o sorriso sem valores.
Qualquer coisa maior que apenas frases soltas
e que me faça acreditar inegavelmente em algo
que podemos construir juntos.


Depois do inútil post passado (a única parte que presta é a do filme), não sabia sobre o que falar, então resolvi escrever Qualquer coisa.

30 de setembro de 2009

Já é Setembro/Filme

Ler ouvindo: It Takes Two (Rob Base And DJ EZ Rock )


Sei das horas. Claro que podia estar me preparando pra dormir (é cedo, mas estou um caco...), mas resolvi me dar esse tempo por aqui. Sabe como é, já é Setembro.

Pois é. Eu tinha que escrever um texto esses dias e ele pedia que eu expressasse tristeza. Como não ando triste (felizmente! a vida é maraviiilhosa!!... não, nem tanto; mas não, o mundo não caiu e eu até que tenho estado "felizinha"), vim procurar inspiração aqui, algum poema melancólico, alguma coisa que tenha escrito num momento de profunda tristeza. E me assustei quando percebi quantos meses já se passaram este ano.

Claro que eu sei que já estamos no mês 9, mas perceber numa lista assume outras dimensões. Ano passado, dezembro, UMA postagem! Perdôo-me (ainda tem acento?), não estava numa época muito boa. Mas então, aqui estou eu. Tchau, setembro. Passou tão rápido. Mês cabalístico esse. Nada translúcido, aliás.

Deixa eu falar alguma coisa que preste neste post. Filme: "A Proposta". Muito bom! Fui no cinema sábado pra ver. Sem grandes planos, só pra sair de casa mesmo, e valeu MTO a pena. Fazia tanto tempo que não ria assim vendo um filme! Também, com Sandra Bullock e Ryan Reynolds. De tirar o fôlego. Ah! Dá até vontade de passar uns tempos no Alasca! Eta friozinho bom!

27 de setembro de 2009

Cosme e Damião

Ler ouvindo:

Mr. Brightside (acoustic) - The Killers


Sitting, Waiting, Wishing - Jack Johnson


Só fui me tocar que dia era hoje quando bati o olho no pacote de Ferrero Rocher em cima da mesa da cozinha : "Mãe! O que aquele chocolate tá fazendo em cima da mesa?!" (É que estamos de dieta; estamos sempre de dieta, mas essa é pra valer.) "É que hoje é dia de São Cosme e Damião", ela respondeu. "Só hoje. Um pra mim, um pra você e um pra cachorrinha."
Eu tive que concordar. Primeiro, porque não se desperdiça um Ferrero Rocher, e depois porque lembrei muito da minha vó. Quando eu era pequena ela sempre comemorava essas coisas. A gente punha doces no jardim e em baixo da árvores perto do rio. Ela comprava um monte de doces para dar para as crianças carentes. Claro que eu acabava ganhando uns também. Era tão bom!


Sem biografias extensas, só para constar, Cosme e Damião foram santos gêmeos. Do jeito que a minha avó contava, eu sempre os imaginei como duas criancinhas. Segundo a Wikipédia eles foram médicos (uau!), inimigos do dinheiro, ou seja, não cobravam por sua assistência.
Não, não sou religiosa fervorosa. As crenças que tenho herdei da minha avó, numa miscelânia de hábitos. Quando penso em comemorações assim, lembro de uma infância doce, da generosidade que ela tinha com os outros e de mais uma porção de coisas que criam uma atmosfera aconchegante na minha mente.
Também havia o dia, eu me lembro, em que a gente fazia comida para dar para os cachorros. Esqueci o nome desse dia, mas era legal. Era um dos que eu mais gostava porque sempre gostei de animais, principalmente cachorros, e adorava dar macarronada para eles.
Pensando nisso percebi que é assim que eu quero que seja meu halloween* este ano: com gostinho de infância.

*tenho o costume de comemorar essa data

24 de setembro de 2009

Argh!!!!!!!!!

Ontem eu ainda tava morta de vontade pra vir pro PC, postar qualquer coisa, encontrar o povo no msn... Hoje eu voltei pra casa sem saber, receosa com a prova, me sentindo uma mistura de camponesa de Peter Rabbit e decalque (decalque, aquela coisinha e papel que vc coloca na água e fica tipo um adesivo; normalmente os desenhos são lindos e delicados). O sol fosco no meu rosto (droga de sol! agora nem precisava aparecer...), o tênis coachando por causa da água que tinha lá dentro, o caminhozinho de pedra sob as árvores.
Aff, meu dia foi aquilo... Não sei se fui bem na prova que precisava ir, espero muito ter ido. Tudo estava contra mim hoje de manhã. Chuva torrencial, comigo sob ela, de sombrinha e coragem (doente! ninguém sai numa chuva dessas!...), molhada até o joelho antes de chegar na esquina. Um motorista filho da mãe me fez o favor de passar correndo numa poça e me molhar até a cintura (figura cômica de uma garota gritando no meio da ponte pra um carro há 5m de distância...). Justo hoje, que eu não podia voltar pra casa... E além disso, o meu tênis, que até hoje era impermeabilíssimo, resolveu deixar a água fluir pra dentro.
Que vontade de bater! Por quê? Por quê? Cara, eu sou uma pessoa boa, que se preocupa com os outros, que fica com a consciência pesada até por um mal entendido. Chegar ensopada da bunda ao pé para fazer quatro provas não é o tipo de coisa que deveria acontecer comigo. Não mesmo.
Quando essas coisas acontecem em filmes é engraçado, dá a impressão de que o pobre protagnista é um azarado, coitado. Mas no final, pelo menos, fica tudo OK, aquilo foi só um detalhe da comédia romântica inteira. Sem falar que o ator vai trocar de calça meio minuto depois da cena, ou, mais provavelmente, o dublê que fez a cena vai ser dispensado pra verdadeira estrela entrar em cena, maquiada e seca. Mas na vida real, não é legal. Não é nem um pouco engraçado. Dá vontade de chorar de raiva, ainda mais considerando todos os recentes acontecimentos da sua vida.
Aí você vai dizer que alguns imprevistos de vez em quando fazem bem, afinal, você vai poder relatar no seu diário depois e contar para as pessoas a sua experiência de vida, que nem pagar o mico de ir fantasiada de coelhinha numa festa que todo mundo esqueceu de te avisar que não era mais à fantasia (Bridget Jones).
Não (com uma voz bem Ronaldo). Não. Porque quando você vai assim numa festa, pelo menos você tem amigos ou conhecidos para te convidar pra uma festa. Tomar um banho de poça na rua não exige nada mais que um pouco de azar.

6 de setembro de 2009

Acordei com um barulho que parecia chuva. E era.
A cabeça,graças a Deus, mais leve. A dor de cabeça na noite passada estava praticamente insurpotável.
Para o almoço, filme (Simplesmente amor) e sanduíche. Um friozinho desse merecia chocolate quente, talvez. Mas tenho procurado controlar minhas vontades culinárias.
Agora, depois da chuva e com o sol querendo sair de tras das nuvens, uns mosquitinhos chatos te atacam quando você passa por perto das árvores. Mas como evitar as árvores se você quer sombra?
Estou em um estado de fusão, entre as amplas magnitudes que um amor inglês pode assumir. O tradicional, aconchegante, meigo. O moderno, mas nem por isso menos intenso; de origem reconfortante e futuras paredes brancas, mas simples, e por isso adorável. O de cabelos claros, rosto inesquecível, mas que exige certa falta de ética (e daí se ele tem namorada?)...
Entre outros, provavelmente.
O que quero? Preencher lacunas da realidade com fantasias? De novo? Mas é o que me reconforta, me sinto tão sozinha... Só quero sentir o seu abraço, fingir que é real enquanto ainda não é real.

5 de setembro de 2009

[sem título adequado]

Eu sonhei errado?
Você é loiro, tem covinhas encantadoras!... É um fofo, como diriam.
Mas essa descrição não se adequa à realidade que eu criei para nós,
não a princípio... À única maneira que eu encontrei para te conquistar,
para converter (?) seu gosto.
Eu a critico por ter um amor virtual, alguém que ela nunca viu, muito menos tocou,
Mas sou eu a melhor pessoa para julgar isso?
O que eu faço é muito diferente?
Acho que é mais absurdo ainda.
Qual a garantia de resposta?
Que tem alguém no mundo procurando pelo pedaço que falta tambem?
Eu misturei as cores do cabelo, troquei a música sem abaixar o volume da outra.
Mudei a fase da Lua.
O que eu sei?
Estar em todos os lugares ao mesmo tempo é impossível,
mas por favor, se for escolher sonhar,
escolha um sonho
É o melhor a fazer?
Droga, tudo começou por causa de uma foto!
(que eu vou contemplar agora...)

4 de setembro de 2009

Roman à l'eau de rose

Depois de ter recusado uma saída
Fico aqui a escutar as reclamações de família dela
Revezamos entre nós, a cada hora, quem vai ser a protagonista de
Oi, Estragaram Minha Vida
Porém, algo mudou
Não digo palavras para acalmar
Tento me adequar à minha juventude rebelde
De qualquer maneira estamos bem
Fiquei em casa para correr para o embalo de um sonho
que se tece para virar realidade
E para quem eu corro nessas horas em que me odeio pela comodidade?
Não tomei um banho gelado, nem bati em meu próprio rosto
Só corri para o piano,
Que agora tem a forma de uma jaqueta azul aconchegante
E sotaque inglês de felicidade eterna
De roman à l'eau de rose...

31 de agosto de 2009

Metas

Talvez uma pessoa com um pingo de bom senso, depois de uma nota daquelas, começasse a estudar como uma condenada, na esperança de, o que?, fechar a próxima prova? Que seja... Mas para ser sincera, logo depois do almoço, com a ccabeça meio quente, raiva e nem um pouco de vontade de estudar, devorar livros e gastar cadernos e cadernos fazendo anotações não vai adiantar muito... Eu tenho a leve suspeita de que estou tentando reprimir um desespero profundo por ter tirado apenas 5% da nota. Esperando um milagre? Bom, as vezes a gente mesmo se surpreende. Como ainda tenho metade do resultado pra receber, talvez seja compreensível que ainda não tenha entrado em colapso.
De qualquer maneira, isso não significa que vou continuar reagindo assim pelas próximas semanas. Essas coisas exigem esforço diário, pequenos passos a cada novo dia. Eu vou estudar (pareço aqueles alunos desleixados falando....). Mas é verdade. Eu vou. E nem que tenha que tentar novos métodos, e mesmo que essa matéria seja um saco. Eu não garanto que não vou chorar, que não vou ter medo... Provavelmente vou passar por isso, mas essas coisas não vão afetar a determinação em continuar lutando.
Eu sei. É só uma nota. Escola é só uma parte da minha vida. O problema é que essa parte acabou por desorganizar todas as outras, ao ponto em que o que era pra ser prazer e distração, como tocar violão, acabou virando uma obrigação. E eu não quero isso. Eu quero tocar aquelas cordas e sentir alívio por estar me expressando; vontade real de conseguir tocar uma música e sentir aquilo, aquilo que a gente sente quando se envolve com uma música; quero ter liberdade pra compor; e não sentir um peso na consciência porque lembro que ainda tenho que treinar. Eu quero olhar pr'aquela gramaticazinha de francês e ter vontade de estudar e melhorar minha pronúcia. Tirar um dia para praticar com a minha colega de curso e ver aquilo como uma diversão, como já foi um dia.
Uma vez me disseram que é preferível fazer poucas coisas, mas bem feitas, do que querer abraçar o mundo e não fazer nada direito. E é isso que eu venho tentando fazer: abraçar o mundo. Então eu venho tentando fazer as coisas, mais por fazer do que me importando se elas vão sair bem feitas ou não... Porque eu sei que é uma questão de tempo para ter que desisitir de alguma(s) coisa(s). Porque a pressão é muito grande e de tempos em tempos eu explodo. A verdade é que a gente sempre olha o passado, querendo que as coisas sejam como já foram um dia. Agora eu quero que elas sejam melhores. Então lá vou eu. Antes de (argh!) desistir, eu vou tentar realmente. Por que a gente sempre se surpreende com a gente mesmo.

24 de agosto de 2009

Música de fundo

Ah, não adianta mesmo, não consigo ficar longe daqui! Não que menos de um mês seja muito tempo longe, mas é realmente bom vir aqui e expor o que sinto, o que me aconteceu, o que não aconteu, etc. Já me acostumei a viver com o Punhado de Coisas. Além do mais, sou uma desocupada que não tem muito mais o que fazer na internet, os amigos do msn se afastaram um bocado - é isso que acontece quando você não tem mais muito tempo para o pc. E além de Messenger, só tem um monte de post-it verde-limão pregados em todo o canto da mesa, me avisando que eu tenho um monte de sites pra visitar, mas como eu nem olho pra esses papéis... Sim, fico sendo uma desocupada praticamente. De vez em quando aparece uma alma caridosa querendo conversar :P tipo o R. Que bom que ainda somos amigos. É, ele sempre foi gente boa. E aí eu ajudo ele com o dever de inglês e a gente fica falando mal dos professores.
Além disso, fico alternando meus ouvidos entre The All-American Rejects, McFly, Nickelback e Kings of Leon. Why Worry, Friday Night, Never Gonna Be Alone, Use Somebody, Room On The 3rd Floor, My Paper Heart... Acho que elas tem bem a ver com o momento que estou vivendo agora.
OK, agora eu tenho que ir.
Bom, foi bom passar por aqui agora.
Até!

23 de agosto de 2009

Selo!



Olha só o que eu ganhei! *--*
Obrigada pela lembrança, Manéco. Vou tentar fazer bom uso...
Sempre é meio difícil falar de nós mesmos, mas vejamos, 5 qualidades: eu me considero uma pessoa leal, confiável, carinhosa, atenciosa e sonhadora.
Repasso o selo para a Tathy.
Beijos e boa semana!

2 de agosto de 2009

Expressões/Impressões

Passos de pessoas como eu
Que recorrem ao papel para despejar seus problemas
Pessoas que tentam concertar as coisas dobrando as bordas,
rabiscando por cima
Pessoas que nem sabem o que querem,
que procuram lugares para ir, procuram planos para fazer e pessoas para se apoiarem
Algumas dessas pessoas são reais, mas não são um bom apoio,
pois se esquivam quando você mais precisa

Quem vai segurar minha mão quando eu tiver medo?
Para quem eu vou contar a verdadeira razão de eu não conseguir dormir à noite?
Quem vai ouvir as bobagens que eu tenho a dizer?
Quem vai andar comigo pela cidade quando eu precisar me encontrar?
Quem vai criticar meu gosto musical?
Com quem eu vou dividir meus problemas de uma maneira que eu nunca pensei que seria capaz?
Com quem eu vou poder rir dos meus erros e ser eu mesma, sem medo?
Quem vai me ensinar a ver as coisas de uma maneira mais simples?

Eu faltei também. Estou tentando reparar isso. Mas você faz tudo parecer pior. Talvez porque eu precise de você mais do que você precisa de mim.
Talvez porque eu sempre tenha pensado que você era a pessoa complicada
enquanto, no fundo, a complicada era eu.
Talvez porque eu tenha me empenhado tanto em ser a melhor amiga
e tenha me esquecido, então, de depender menos de você.

Sinto-me andando em círculos.
Já passei por isso tantas vezes com você
e cada vez tenho menos a quem recorrer.
Cada vez nos aproximamos e nos afastamos mais, a um só tempo.
Eu tenho medo de perder a única amizade idealizada que eu consegui consolidar
Foi o melhor que eu consegui e é sem a qual eu não sei ainda como viver.


Pretendia começar agosto aqui de uma maneira mais alegre, como ontem. Penso que até sei porque escolhi expressar o doloroso ao invés da felicidade. Perdoe meu comportamento. Sempre se referem à Lua como o astro que reflete a luz triste da noite e eu, inifelizmente, continuo fazendo juz a isso.

31 de julho de 2009

Um dia de julho

Definitivamente não parecia um dia de julho. Aliás, o último dele. Corrigindo: não parece, no presente. Afinal, ainda são dez e alguma coisa da noite e até agora pouco eu estava só com a regata do meu pijama e uma calça, sem meia nem nada. Onde foi parar o inverno?
Hoje de manhã, sentada com os pés ao sol, o vento entrava pela janela e trazia o ar morno de fora. O céu tão azul, o cheiro do dia tão aquecido pelo calor. Isso é julho?
Parecia férias, e ao mesmo tempo não. Parecia algo inédito e familiar ao mesmo tempo.
À tarde a brisa forte veio acariciar meus pés, dessa vez mais forte, e trazer o som de longe. Mas ainda estava quente.
Eu não sei o que houve com o tempo, eu não sei o que houve comigo, mas houve.

28 de julho de 2009

Desculpas

The Killers - Mr. Brightside



Ela era adorável, mas ele não deixava de estar confuso.
- Martin? – Era Charles que entrava no quarto.
- Hmm? – o irmão mais velho respondeu.
- Eric está lá em baixo.
Ao perceber que não houve resposta, o caçula acrescentou:
- No jardim.
Depois de refletir um segundo, Martin foi até lá. Anunciou sua chegada dizendo:
- Achei que não queria me ver nunca mais...
O amigo, que estava andando distraidamente e a passos moles de uma lado para outro, virou-se para olhar. Usava uma pólo vermelha-alaranjada já um pouco surrada e jeans não muito novos também. Estava diferente, não apenas nas roupas. Havia algo no olhar. O quê?
- Achei que você tivesse notado que foi só força de expressão – respondeu por fim.
- O que você quer? – perguntou Martin.
- Quero ouvir suas desculpas.
- Minhas desculpas?
- Você não foi muito gentil da última vez.
- Você também não foi.
- Não, Martin, ninguém consegue ser mais rude do que você. Está me devendo desculpas.
- Ah, então a questão é essa? Quem foi mais mal-educado?
Eric deu um fraco riso incrédulo.
- Você não vai mesmo ceder?
- Eu nunca cedo, não primeiro. – Respondeu Martin.
- Incrível! Quando é que você vai pegar esse orgulho e enfiar n... Aff! - Ele mesmo se interrompeu. Depois se recompôs: - Olha, seja como for, o jantar da minha mãe ainda está de pé e quando você cair na real venha pegar o convite comigo.
Depois de dizer essas palavras, ia saindo. Martin foi atrás:
- Como assim depois que eu cair na real? E se dessa vez for eu que não quiser ver você nunca mais?
- Força de expressão?
- Não. – Ele se demorou na palavra, em tom quase zombeteiro.
Eles pararam frente a frente, se olhando. Eric apertou os olhos e depois disse, quase com um sorriso malicioso:
- Bom então, só Kevin e Charles estarão convidados.
- Isso é exclusão – a indignação era fingida. - Pensei que fossemos amigos.
- Nós não tínhamos... rompido? – Eric fez uma careta com a palavra; quis rir.
Martin também quis rir, entendo o implícito ali. Revirou os olhos e olhou inconscientemente para os lados antes de responder:
- Não. Hmm, não exatamente. Amigos brigam certo?
- Ahã... – a resposta desnecessária era quase inaudível.
Eric inclinou um pouco a cabeça para o lado, espremeu mais os olhos. Estava feliz. Enfim, estavam fazendo as pazes. Se aquela era a maneira de Martin pedir as malditas desculpas, tudo bem.
Eles estavam mais perto um do outro. Quando haviam se aproximado?
- Vamos dar uma trégua, tá bem? – sugeriu Martin.
- OK.
Momentos em silêncio pareceram uma eternidade. Mas nada constrangedor. Por fim, Eric tirou um pequeno envelope gelo do bolso traseiro e entregou ao amigo.
- Ei, meu nome já estava aqui de qualquer maneira. – E fingindo indignação novamente: - Você me usou!
O tom brincalhão voltou à tona. Estava tudo realmente bem então.
Eles riram.
- Como será que estão as coisas no café? – Eric fez uma sugestão implícita.
- Só vou deixar o convite lá dentro. Charles estava morrendo de medo de não ser convidado e perder toda aquela comida deliciosa!
Martin abriu a porta da frente e mostrou o pequeno convite ao caçula, que estava próximo à porta da biblioteca na expectativa. Depois o colocou sobre a mesinha mais próxima sem dizer palavra, apenas com um sorrisinho torto. Saiu antes que Charles viesse puxar papo. Tudo bem. O caçula não se importou. Ficou feliz pelo convite e isso bastava.

24 de julho de 2009

Personagens [contém spoilers]

A noite ontem era abafada. Sentia calor com minha blusa de lã enquanto atravessava o oposto da praça. Avistei uma amiga antiga. Ela também me viu e se levantou para vir me cumprimentar com um abraço mais apertado do que eu esperava. Falamos de há quanto tempo não nos víamos e falamos um pouco sobre as férias. Claro, chegamos ao assunto em comum: "Você viu Harry Potter?" Respondi que com a minha uma semana de atraso tinha visto, sim, e mesmo que todos tenham achado uma m..., eu queria ver de novo. Minha afeição por Rony me faz querer, afinal, o humor do filme ficou ótimo e graças a ele, principalmente. Eu só não usei essas palavras, mas é o que meu inconsciente me fala sempre, desde quarta.
Conversa vai, comversa vem, chegamos à morte de Dumbledore e ela comentou que seria horrível se Hagrid moresse. Ele é o preferido dela e eu já sabia disso. E faz todo o sentido. O Hagrid é o amigo leal e com um cachorro amável. O Hagrid tem, afinal, muitas características da minha amiga. E pensei de novo na minha afeição por Rony...
Quando vi, falávamos de Crepúsculo e toda a série. Eu ainda não li o último livro. Ela já. Então falamos até onde era permitido (odeio spoilers). E houvi dela o que já ouvi de muitas: "É ao mesmo tempo angustiante porque não existe um Edward de verdade." É, eu sei. Já senti isso, mas confesso que nunca me descabelei por Edward como muitas conhecidas minhas já fizeram. Por mais adorável que ele seja.
A verdade é que me afeiçoei muito com Jacob em Lua Nova, enquanto Edward não estava, e mais ainda em Eclipse. (Bom, não sei qual o motivo, mas nunca gostei muito do nome Jacob, então quando ele começou a ser chamado de Jake as coisas começaram a soar melhores. Mas não se trata de nomes...) O sentimento que Bella começou a alimentar por seu melhor amigo era uma sensação conhecida por mim e fiquei surpresa que ela só foi admitir que aquilo era algo maior do que amizade no fim de Eclipse. Eu já estava começando a achar que eu é que não sabia definir meus sentimentos...
Enfim, me apeguei a Jacob, enquanto todos os fãs morriam de raiva dele. Ué, cada um tem sua prefefência: Hagrid, Rony...
E ao longo de Eclipse esse triângulo amoroso, como dizem, foi se tornando mais nítido. Esse foi o livro da série que mais demorei a ler e não sei se é isso que me faz ficar relutante. Sabe, acabou. O próximo será o último. E bom, dessa vez, foi Jake quem foi embora. Por incível que pareça, isso doeu em mim. Eu sei que é ridículo, mas eu realmente me apego a pessoas que não existem e fiquei feliz quando descobri que, pelo menos, não sou a única insana que faz isso. Tudo bem que estou falando de garotas de 12 anos que se apaixonam por Nick Jonas ou Dougie Poynter (nada contra as bandas, gosto de ambas, é só um exemplo, porque eles são lindos e fofos e conheço garotas que caem por eles), mas pelo menos isso me consola um pouco. Não sou a única que se ilude para tornar a vida real um pouco menos chata. Além do mais, há pessoas que não precisam usar pessoas famosas, elas se iludem com seus própios companheiros, criando neles pessoas que não existem realmente.
É, eu acho que só precisava colocar isso para fora. Acabei o livro hoje e está tudo com gostinho de "quero mais". De qualquer maneira, em alguns dias isso passa. O desfecho da história está guardado em um embrulho de anjos e estrelinhas dentro de um guarda roupa, esperando para ser aberto em setembro, no próximo feriado. Parece um pouco desnaturado por parte de uma fã não devorar logo o próximo livro, mas infelizmente as responsabilidades começam a chamar e uma parte de mim inveja Bella por já ter concluído o ensino médio.

19 de julho de 2009

Uma tarde na França

Subimos a ladeira feito dois desvairados. Quando chegamos lá em cima, ele abriu a garrafa de água que levava dentro da mochila. Com certeza estava quente, mas como eu ansiava por ela! Era tudo o que eu queria depois de uma corrida daquela, sob aquele sol de quase fim de tarde: água.Ele tomou com uma boca ótima e ficou fazendo inveja propositalmente. Parti para cima dele e roubei-lhe a garrafa. Dei uma golada deliciosa e ele a tirou de minhas mãos.Ficamos brigando por meia garrafa de água quente no alto da subida, enquanto derramávamos quase tudo que havia dentro dela. Quando consegui recuperar a pobre garrafa, ele me pegou de costas pela cintura e começou a me girar. Eu gritei e foi simplesmente ótimo. Fui invadida por uma sensação de liberdade, como se pudesse voar, com meu pequeno prêmio na mão e ao lado da melhor pessoa do mundo.Quando ele me colocou de volta no chão, eu já estava com parte da blusa ensopada e resolvi usar o que restou de água para jogar no rosto dele. Ele fechou os olhos quando percebeu a água voando em sua direção. Quando os abriu, gotinhas de água pingavam das pontas de seu cabelo ruivo e ele sorriu para mim.

16 de julho de 2009

Parece que vai chover
(...)
Minhas mãos ainda têm o cheiro
da última coisa que comi (eu sei que isso não é nada poético...)
E ninguém sai na varanda domingo
à tarde
(...)
Dezembro vai voar
Na verdade, já está.
E o próximo ano vai chegar...
Mais um
Eu ainda estou com as minhas músicas velhas
Que ainda gosto
Que estão sempre comigo
e das quais eu conheço cada tom,
cada toque na tecla do piano.
Vou buscar novas
vou buscar também a liberdade
Nesses momentos em que eu queria
tê-la e não posso
Eu só queria ter a resposta
Até quando eu vou ter
que agüentar isso
Pessoas enfiadas à força na minha vida,
no meu espaço.
(...)
Sabe aonde a chuva vai?
Peça para ela vir aqui me lavar
e salvar meu Natal

Trecho de anotações em 21 de dezembro de 2008
em um quarto de hotel em Juiz de Fora

12 de julho de 2009

Punhado de Coisas

Seria egoísta se simplesmente postasse uma citação de Agatha Christie e não dissesse nada sobre outros acontecimentos em minha vida além da leitura de um livro. Sabe, mesmo que a morte de Michael Jackson não afete diretamente a minha vida, eu não poderia deixar de citá-la, mesmo que com um atraso tão grande como esse.

É um acontecimento importante - mesmo que triste. É marcante porque não havia uma pessoa no mundo que não soubesse quem era Michael Jackson e naquele dia ele se foi. Será que isso significa que com o tempo seu nome não vai ser mais tão reconhecido assim? A dizer pelas últimas vendas eu acho que não tão cedo, mas enfim... Até eu, que não era muito fã de pop, senti sua morte. Como sinto a morte de qualquer um? Sim, e também por ser uma pessoa importante, reconhecida, famosa, que se foi. Eu vivi um momento importante da história. Da história de um grande homem.

Outro assunto que eu acho importante abordar é a busca dos nossos desejos. Recentemente assisti a um filme que já haviam me indicado há tempos: "Antes de partir". E ele me fez pensar numa coisa que às vezes me vêm a cabeça: por que temos que esperar nossa vida estar com dias contados para poder, só então, dar valor à ela e ir atrás de nossos anseios? Sabe, na teoria, quem busca felicidade, deveria fazer qualquer coisa por ela, mesmo que seja a atitude mais louca do mundo. Acho que até já escrevi isso aqui... E, curioso foi que, depois de falar sobre isso com uma pessoa, meu celular tocou. Era uma colega me perguntando se eu ia à uma festa sobre a qual ela tinha comentado há um tempo. Eu tinha me esquecido dessa festa. E sabe, mesmo que o comodismo me forçasse a ficar em casa lendo meu livro ou navegando pela internet, achei melhor ir. Mesmo que não estivesse exatamente animada para isso. Afinal, eu não tenho nada a perder. Ah, e ao pensar com essas palavras, uma onda de lucidez veio a minha cabeça: É verdade, eu não tenho nada a perder. Parece estúpido, mas como uma conclusão tão simples e óbvia foi útil num momento como esse, pelo menos para uma pessoa como eu nesse momento da minha vida. Vou me lembrar desse pensamento sempre que sentir o comodismo me rondando. É um bom antídoto para ele. :)


Bem, quanto à citação que eu disse no início:

" A primeira pergunta que se faz a um escritor, pessoalmente ou pelo correio, é:
- Aonde o senhor vai buscar suas idéias?
É muito grande a tentação de responder assim: - "Sempre vou à Sears", ou "A maior parte eu consigo nos armazéns da Marinha e do Exército", ou, energicamente - "Por que não tenta um supermercado?".
A opinião universal parece acreditar firmemente na existência de uma fonte mágica de idéias que os escritores aprenderam a utilizar.
Na pior das hipóteses, podemos enviar os perguntadores de volta aos tempos elizabetanos, com esta saída de Shakespeare:


Diga-me onde nasce a fantasia,
Se é no coração ou na cabeça,
Como se origina, como se alimenta?
Responda, responda.


A pessoa só pode dizer com firmeza:
- Na minha própria cabeça.
Isto, é claro, não vai ajudar ninguém. Se você gostou da cara de quem lhe está fazendo a pergunta, vai um pouco mais longe.
- Se você se sentiu atraído por alguma idéia em particular e acha que pode fazer alguma a partir dali, você a vira pelo avesso, faz travessuras com ela, abranda-a e, gradualmente, lhe dá uma forma. Então, é lógico, precisa começar a escrevê-la. Não é tão fácil quanto você está pensando: - torna-se um trabalho duro. Outra alternativa é arquivá-la cuidadosamente numa gaveta, para talvez usá-la dentro de um ano ou dois.
Uma segunda pergunta - ou quase uma afirmação - é então a mais provável:
- Eu creio que a senhora tira suas personagens da vida real.
A resposta é uma negativa indignada para tão monstruosa sugestão.
- Não, é claro que não! Eu as invento. Eles são meus. Têm de ser as minhas personagens - fazendo o que eu quero que eles façam, sendo o que eu quero que eles sejam - tornando-se vivos para mim, tendo às vezes as suas próprias idéias, apenas porque eu as tornei reais.
Em resumo, o autor produz as suas próprias idéias e as suas personagens. Mas aparece agora uma terceira necessidade - o ambiente. As duas primeiras vêm de fontes internas mas a terceira vem de fora, precisa estar lá, à espera,existindo realmente. Você não o inventa - ele está ali - é real.
Talvez você tenha chegado de um passeio pelo Nilo, lembra-se de tudo - exatamente o cenário de que necessita para esta história particular. Fez uma refeição num café em Chelsea. Havia uma briga por perto - uma garota puxou o cabelo de uma outra. Excelente princípio para o próximo livro que vai começar. Você viajou pelo Orient Express. Que divertido fazer dele o cenário para a próxima trama que está imaginando! Você vai tomar chá com uma amiga. Quando chega lá, o irmão dela fecha um livro que está lendo, joga-o de lado e diz: - "Não é mau, mas por que diabos não perguntaram ao Evans?".
Imediatamente você decide que vai escrever um livro com este título - "Por que não perguntaram ao Evans?".
Você ainda não sabe quem vai ser o Evans. Não tem importância. Evans aparecerá quando chegar a hora - é o título que está pronto.
Logo, você não inventa os ambientes. Eles estão à sua volta, em torno de você, existem - você tem apenas de estender a mão, apanhá-los e escolher. Um trem de ferro, um hospital, um hotel de Londres, uma praia do Caribe, uma cidadezinha do interior, uma festa, uma escola de meninas.
Apenas uma coisa conta - eles precisam estar ali - na realidade. Pessoas verdadeiras, lugares verdadeiros. Um local bem definido no tempo e no espaço. É preciso ser aqui e ser agora - senão como você vai conseguir saber de tudo? A não ser pela própria evidência de seus olhos e seus ouvidos? A resposta é assustadoramente simples.
É o que a imprensa lhe dá todos os dias, em seu jornal matutino sob o nome geral de '"Notícias". Pegue as da primeira página. Que está acontecendo no mundo de hoje? Que é que cada um está dizendo, pensando, fazendo? Levante um espelho e veja a Inglaterra em 1970.
Olhe para as manchetes todos os dias durante um mês, tome notas, considere-as e classifique-as.
Todos os dias há um crime.
Uma moça estrangulada.
Uma mulher idosa atacada e roubada em suas magras economias.
Rapazes e meninos - atacando ou sendo atacados.
Edifícios e cabinas telefônicas arrebentadas e estripadas.
Contrabando de drogas.
Crianças desaparecidas e corpos de crianças assassinadas encontrados perto das casas onde moravam.
Isto pode ser a Inglaterra? A Inglaterra é realmente assim? A gente sente - não - ainda não, mas pode ser assim.
O terror está despertando - o terror do que pode vir a acontecer. Não somente por causa dos acontecimentos atuais, mas também pelas possíveis causas que estão por detrás deles. Algumas você conhece, outras não, mas sente. E não apenas em nosso próprio país. Há pequenos parágrafos em outras páginas - trazendo notícias da Europa, da Ásia das Américas - notícias de todo o mundo.
Seqüestro de aviões.
Raptos.
Violência.
Desordens.
Ódio.
Anarquia.- cada vez maior.
Tudo parece levar-nos a adorar a destruição, a ter prazer na crueldade.
Que significa tudo isso? Uma frase do passado ecoa, falando da Vida:

... é uma lenda
Contada por um idiota, cheia de sons e de fúria,
Que não significa nada.


E, no entanto, você sabe - por seus próprios conhecimentos - quanta bondade existe ainda no mundo de hoje: as generosidades feitas, a bondade de um coração, os atos de compaixão, a ajuda entre vizinhos, as boas ações de meninos e meninas.
Então, por que esta fantástica atmosfera dos fatos cotidianos - das coisas que acontecem - e que são os fatos verdadeiros?
Para se escrever uma história neste ano da Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo de 1970, você precisa estar enfronhada em seu ambiente. Se o ambiente é fantástico, então a história precisa aceitar o seu cenário. Precisa, igualmente, ser uma fantasia - uma extravagância. A montagem precisa incluir os fatos fantásticos da vida de hoje.
Consideremos uma causa extravagante? Uma campanha secreta para tomar o Poder? Poderia um desejo maníaco de destruição criar um mundo novo? Alguém poderia dar um passo à frente e sugerir uma libertação por meios absurdos?
Nada é impossível, a ciência já nos ensinou isso.
Esta história, em sua essência, é uma fantasia. Não pretende ser nada mais do que isto.
Mas a maior parte das coisas que acontecem nela estão acontecendo ou prometendo que irão acontecer no mundo de hoje.
Não é uma história impossível - é apenas uma história fantástica."

Agatha Christie

Essa é a "Fala da autora" no início de Passageiro para Frankfurt. Francamente, não é o melhor livro dela que eu já li, mas é interessante ver o que algumas pessoas falam dele: tratam-no como o destamento de Agatha - ela já estava em uma idade avançada quando o escreveu - e como a visão que ela tinha daquele "mundo que não entendia". Olhando por esse ângulo dá para entender melhor. E sabe, dá para saber claramente que ela era uma mulher informada, lendo os jornais todos os dias. Se eu fosse uma boa menina, faria o mesmo...

Enfim, quanto ao discurso, só o coloquei porque me identifiquei muito com o começo e sempre quis ter a aportunidade de questionar algum autor(a) sobre sua obra. E, bom, mesmo que o texto pareça meio "viajado" para alguns da metade para frente, ele começa a fazer sentido quando se chega ao final do Livro I de Passageiro para Frankfurt. Outro motivo para colocar o "testamento" inteiro é a coesão. Realmente gostei da maneira como ela ligou idéias tão distintas. Bom, já era de se esperar, afinal, estamos falando de Agatha Christie.

8 de julho de 2009

Epitáfio

Devia ter amado mais
Ter chorado mais
Ter visto o sol nascer
Devia ter arriscado mais
E até errado mais
Ter feito o que eu queria fazer...
Queria ter aceitado
As pessoas como elas são
Cada um sabe alegria
E a dor que traz no coração...
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...
Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr
Devia ter me importado menos
Com problemas pequenos
Ter morrido de amor...
Queria ter aceitado
A vida como ela é
A cada um cabe alegrias
E a tristeza que vier...
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar distraído
O acaso vai me proteger
Enquanto eu andar...
Devia ter complicado menos
Trabalhado menos
Ter visto o sol se pôr...