18 de junho de 2009

Quebrando o gelo...

Por que será que às vezes é tão difícil iniciar uma conversa com alguém? Existem os tímidos, para quem essa dificuldade chega a ser imensa, e existem aqueles de mal com a vida.
Bom, eu achei que tivesse superado bem a questão da timidez. Sabe, não me tornei uma pessoa extrovertida, mas quebrei grande parte do gelo que existia entre as pessoas e eu. Faz um tempo isso, e mesmo entre altos e baixos, eu vinha tendo um progresso considerável. Então esses dias, folheando uma revista, encontrei Conversation Starter na seção de livros. Resumidamente, é uma caixinha com perguntas que ajudam a iniciar uma conversa (pelo menos era iso que a revista falava...). Pensei com meus botões: "Ah, interesante. Mas eu não preciso mais disso..."
Não que eu estivesse completamente errada, mas uns dias depois fui enxergar que ando enfrentando certos probleminhas em relação à comunicação. O problema não é nem com pessoas desconhecidas (talvez, no momento, com elas seja até mais fácil estabelecer uma conversa em que eu me sinta bem). O que está acontecendo é que tem sido difícil manter uma relação legal com pessoas que eu convivo há um bom tempo. Conversar com elas não é mais a mesma coisa... Elas arranjaram novos amigos, parecem que mudaram... Sinto-me perdida e insegura de agir perto delas, como se fossem estranhos. Cadê aquele conforto, a intimidade que existia?? Sumiu de repente... Não do dia para a noite, mas em algum momento progressivo que, quando eu abri os olhos, já não estava mais lá...
Eu sei que não é uma mudança simplesmente deles. Muitas atitudes deles são respostas às minhas próprias ações. E outras atitudes eu realmente não entendo. Outras não têm explicação para mim. Se ainda fosse alguma coisa que eu tivesse feito, se fosse rebeldia, ou até falta de educação da minha parte, acho que seria menos difícil do que para uma pessoa passiva como eu.
De qualquer maneira, eu continuo tentando quebrar o gelo e não regredir.
Agora eu tenho que ir. Pelo menos nesse lugar aonde eu vou, sei que ainda há segurança por parte de algumas pessoas.
Até.

17 de junho de 2009

A garota invisível

Hmm... Falar o quê? Tenho pensado em tantas coisas - que novidade!...
Mas, falando sério. Odeio quando fico tentando fazer uma síntese de tudo o que queria dizer. Nunca fica bom, porque eu nunca consigo passar a mensagem real.
Bom, esta é uma tarde fria de junho. O sol sai tímido de trás das nuvens de vez em quando. Alterno minhas músicas entre Coldplay e McFLY e não converso com ninguém no MSN porque, francamente, navegar pela internet já não é mais tão interessante quanto antes, e as pessoas vão deixando de falar comigo...
Chata?! Será que eu sou tão chata assim? Hahaha, devo ser. Eu mesma, muitas vezes, canso de ficar comigo, por isso procuro incessantemente estar com as outras pessoas, para não ficar só comigo. Mas mesmo assim, me sinto sozinha a maior parte do tempo.
Acho que eu sou aquela pessoa estranha e esquecida que fica no canto e que vai sempre receber alguém com entusiasmo, ouvir com atenção o que você tem a dizer e procurar te ajudar. É que eu sou carente e tudo que eu quero é que as pessoas gostem de mim e que deixem de me ver como aquela pessoa de senso implorativo, sei lá... Pelo menos eu me vejo assim.Não sinto conquistar minhas amizades, só implorar por elas. Eu cansei. Eu tenho o direito de cansar. Mas, que droga!, o mundo não pára pra que eu me recupere. Os ponteiros do relógio continuam a correr, o sol nasce e logo se põe e eu ainda continuo aqui. Simplesmente aqui. Esperando alguém chegar e me salvar dessa vida. Eu ainda espero. Eu mudei o nome, o rosto, a maneira como acontecerá, mas eu ainda espero. É terrível admitir isso, mas eu ainda espero. Eu tenho plena consciência disso, mas não ajo pelo meu querer. Só espero. Por quê? É cômodo? Não! É desesperador ver o tempo passar e ir no embalo de uma fantasia doce demais, viver dela, dormir com ela, acordar com ela, me alimentar dela... Viver um ensaio enquanto a vida já está aí.
Às vezes, eu sou aquela pessoa que leva humor para a sua vida, aquela amiga engraçada que vai fazer você rir dos seus problemas e ver que a vida tem outras coisas boas. Vou ser sempre fiel e tentar fazer com que as pessoas se sintam bem, felizes. Como se minha companhia pudesse ser uma terapia. E por trás disso elas mal sabem que a maior terapia é pra mim. Eu fico feliz com pouco que as pessoas façam, desde que esse pouco demosntre que eu sou querida. Infelizmente, fico chateada com qualquer outro pouco que mostre o contrário.
Atenção o tempo todo? É isso que eu quero? Egoísmo? Não é egoísmo, é uma necessidade, e que acaba comigo, talvez por ser reprimida por mim mesma.
Sabe, talvez agora eu tenha entendido porque o garoto uma vez disse que se auto-avaliar era uma coisa que o ser humano não deveria fazer em hipótese nenhuma... É porque dói. Dói de uma maneira em que você chega a se sentir impotente...
Eu não queria mergulhar no inverno de novo, sabe... Eu só queria deixar de ser a garota invisível...
Essa era para ser uma tarde amena de junho...