22 de fevereiro de 2009

Batalha no mar


“As relações são como o mar”, ela disse. “Lembre-se sempre disse”... quando estiver para enfrentar as batalhas diárias, eu completei em meus pensamentos.
Pois é. É que eu disse à ela que minha rotina tem sido maçante. Não tenho exatamente um estímulo – um bom estímulo diário – que me faça levantar feliz seguir para essa rotina. E todo dia é mais uma parte dessa busca incessante pelas mesmas coisas. É como se cada dia fosse uma batalha por melhores relações, e o resultado é quase sempre o mesmo: o fracasso.
O mais frustrante – e ao mesmo tempo, o mais reconfortante – é saber que nem sempre é assim. Tem lugares e pessoas que mudam o meu comportamento. O problema nem é exatamente esse;eu só queria que as diferenças não fossem tão acentuadas. Tem idéia de como é complicado quando esses meus “eus” têm que se confrontar?
Tive uma professora que dizia: “Nesse mundo, a gente não vive; sobrevive”. Bom, à época, a frase já era citação de outra pessoas, mas daí lembrar de quem era já é exigir demais de mim. O fato é que é assim que me sinto muitas vezes: sobrevivendo, e não vivendo. Sei que há muitos que se sentem assim, mas por razões tão patéticas quanto as minhas é difícil imaginar... porque é tão natural pra uns. E uma batalha pra mim.
Então, na conversa, acabou vindo a comparação. Ela me fez ver.
Na praia, o mar “lambe” a areia no seu vai-e-vem. E sempre quando vai, leva um pouco dela com ele. Mas também traz.
Quando se pisa na areia e água vem, dá para sentir o mar levando um pouco do chão. Mas é possível continuar firme. A gente sabe que tem mais areia em baixo. Claro que é necessário respeitar a profundidade, assim como nos relacionamentos.
Foi uma boa analogia. Com certeza vou me lembrar. É bem melhor comparar a vida ao mar do que à uma guerra.

15 de fevereiro de 2009

Relógios

Como seria se
todos os relógios do mundo marcassem a mesma hora?
Seria como se todos pensassem igual?...
E a gente não precisasse adivinhar que horas são
no relógio do outro

Se eu pudesse voltar no tempo
Poderíamos viver aqueles bons tempos de novo
Ah, amigo, me perdoa por qualquer coisa
Era para ser você, era para ser você

Foi uma afinidade tão imediata
E tudo o que eu ouvi falar antes
Não importava mais
Não foi preciso tempo algum
para que me sentisse segura perto de você

E se eu pudesse voltar no tempo
voltaria para nossos bons tempos
E voltaria só por você
e para rever aquela que eu costumava ser

Não suma, amigo
Talvez tenha até sido melhor assim...
Talvez seja melhor mesmo
que nem todos os relógios
marquem a mesma hora...

14 de fevereiro de 2009

Marley&Me

Pois é, ainda chove lá fora. Mas é bom. Eu gosto do tempo assim. Cheguei do cinema a pouco. “Marley e Eu” é realmente lindo. Não chorei tanto quanto no livro, mas isso não significa que tenha me tocado menos. Penso que não devemos medir o quanto gostamos de algo pelas lágrimas que derramamos.
Sabe, o amor por um cachorro é incondicional. E John Grogan tinha razão: é difícil encontrar alguém que te faça sentir especial, único, extraordinário. Mas um cachorro não se importa se você é rico ou pobre, feio ou bonito, inteligente ou não. Dê seu coração a ele e ele te dará o dele.
O amor entre um cachorro e um humano é puro. Eu também aprendi com Marley, e sei que muitos também aprenderam. É uma lição para toda vida.
Só porque o cachorro não fala como nós, não quer dizer que não sinta, que não mereça um amor tão grande quanto ao que damos a um humano. Ele fala com o olhar, com os gestos e resmungos. Fala quando encosta a pata em você ou dá um “beijo” (lambida). Ou simplesmente uma fungada na orelha. Um animal de estimação é parte da família e é leal, sempre. Está com o dono em todos os momentos (os piores e os melhores).
Amo minha Lila imensamente e digo isso à ela todos os dias, e sei que ela também diz a mim, mesmo que não seja com palavras. E também aprendi a amar Marley.
Dedico esse post a eles. Sei que não é um grande texto, mas escrevi com amor.

6 de fevereiro de 2009

A vida agora...?

Minha vida já esteve em pausa antes. Mas mesmo querendo falar do que se passa agora, nao é isso que eu vou fazer. É que algum lugar aqui dentro dói; dói pela frustração, dói por sentir as coisas ficando estáticas de novo... Porém, eu acho que, no momento, melhor que colocar pra fora o que sinto, é tentar mudar a situação. Eu quero viver, eu quero ser feliz, e não dá pra atrair isso pra minha vida remoendo as dores.
Às vezes, tudo perde a graça mesmo, mas depois surge algo que anima a vida e fica tudo bem, então esse tempo de "pausa" é esquecido. Pra ser lembrado quando eu me encontrar na mesma situação frsutrante novamente. Não, não deve ser assim. Mas já foi algumas vezes. Tem sido. Só que eu não quero que continue... Puxa, eu faço esse discursinho barato pra mim mesma toda hora que eu me pego pensando nesses problemas que eu tenho que encarar, toda a vez que eu perco o sono e não consigo fazer minha mente parar de funcionar; toda a vez que eu tenho vontade de derramar uma lágrima, ou várias... Então eu escuto uma música feliz e lembro das coisas simples da minha vida, mas que valem a pena... O ruim é que é complicado quando não se sabe quem é, qual caminho seguir. Quando não se sabe aonde essas coisas simples vão levar, se elas vão receber investimentos meus, ou se eu vou seguir inanimadamente essa trilha comum que a vida oferece para todo mundo, na qual eu já pus o primeiro pé. Eu não sei se eu sigo esses meus sonhos ousados e me lanço no mundo, ou se os deixo sendo sempre sonhos. Tem sonhos que vão ser pra sempre sonhos... Sabe, é o tipo de sonho que todos têm, mas que eu não sei se persistem por tanto tempo quanto os meus e se as pessoas insistem em acreditar neles tanto quanto eu faço. Isso é teimosia, e eu devia usar essa teimosia para outra coisa, ou então, para tentar realmente fazer esses sonhos realidade... Todos dizem, e eu tento acreditar mais que qualquer um, que nunca devemos desistir dos nossos sonhos... Desistir deles não é o difícil. Difícil é justamente não desistir e torná-los realidade.
Mas nessa situação eu me encontro sempre, vivo esse dilema paralelamente à minha vidinha banal. E o que eu quero no momento, é tornar essa vidinha banal em não-banal.
Na frente do computador,tomando meu sorvete, curtindo uma música... Bom, esse não é bem o melhor modelo de vivência, mas eu me entendo comigo mesma, logo, logo. Pelo menos já estou me sentindo melhor.
Sabe, ontem eu vi um garotinho querendo muito uma coisa. Ele queria muito tocar violão. E ele foi procurar um professor. Mas não havia horário para ele ontem. Bom, ele continuou lá. Ficou quase um hora e bateu tanto o pé, que conseguiu. Aliás, pulou do violão, para o seu grande sonho: a guitarra. Pois é, ele foi teimoso, mas essa teimosia foi vista, não só por mim, como persistência. Esse garoto vai longe, se ele continuar assim.
Quando eu era criança, eu tinha essa determinação também. Ah, ser criança é tão fácil. Aliás, eu quis tanto continuar vivendo facilmente, que demorei a aprender a crescer... Mas essa teimosia está aqui dentro, e eu tenho que achá-la, porque o mundo é dos que ousam...

2 de fevereiro de 2009

Sem mentiras


Não dá pra fazer como no ano passado, que eu tentei mentir para mim mesma dizendo que aquela experiência nova tinha sido boa e que eu tinha gostado de tudo aquilo. Esse ano eu não minto.
Bom, o ambiente é conhecido e eu sabia as pessoas que encontraria por lá. É ruim encontrar as coisas mudadas para uma coisa que você não queria, mas você sabe que com o tempo as coisas vão perder esse ar de novo e você vai se acostumar. É chato ter que lidar com aquela pessoa que você nunca mais queria ver na sua vida, mas como nem sempre a gente pode ter por perto só quem a gente quer, eu procuro lidar com a situação. É bom saber que suas mãos tremem um pouco, mas só, e você sabe que com o tempo, nem isso vai haver, e tudo vai passar, com até uva- passa... ( =p )
E bom ter essa tarde livre e procurar conversar ao invés de pensar bobagens...
Um mês já foi. Pronta pra mais um?