28 de março de 2010

Adotado

Olá Mundo!
Me chamo Luiz, sou estudante de Sistemas de Informação e tenho 21 anos. Eu costumava postar em um Blog chamado acasadoatilas.blogspot.com e a minha vida era tranquila enquanto postava quase todas as quartas feiras durante mais de 1 ano. Subitamente, meu patrão entrou em uma fase decisiva de sua vida, chamada dissertação. Semanas depois, Atilas veio a falecer destruir o Blog, deixando-me desabrigado, sozinho e com textos sobrando.
 Esse é o Atilas, ditador do meu antigo blog.

Conhecí o punhado de coisas a algum tempo, sempre fui leitor assíduo e uns meses atrás eu conhecí a Lua. Muito gente boa, por sinal!
Sensibilizada com a minha atual situação, a Lua me ofereceu este espaço para contribuir com algo diferente para o Blog, e eu, sem escolhas humildemente aceitei!
Devo avisar aos amigos leitores que acompanham os posts da Lua, que não sou poeta, não costumo ler e não devo seguir a linha de posts que voces estão acostumados a ler. Mas tenho certeza que vou fazer o melhor para manter o espaço alegre, sempre aberto a críticas e brincadeiras também. :D
Sou do interior do Rio de Janeiro, vou tentar evitar ao máximo as piadas com os paulistas e as implicancias com algumas cidades daqui que tanto marcaram minha passagem pela casa do Atilas. xD
Tentarei também postar no meio da semana... mas não sei se quarta ou quinta feira.... 
Viva o Botafogo, viva a minha casa nova, viva a Lua e abaixo a ditadura!!

Alheio

Eu procurava alguma coisa para postar e achei esse pseudopoema. Pelo visto, essa não é a primeira vez que procuro em outros tempos algo que pareça bom o suficiente para postar. Por que o alheio tem sempre mais valor?...

Alguma coisa que não é do passado
Que é espôntanea do agora e do meu eu atual
Por que às vezes só o alheio tem valor?
Achei poemas velhos e amassados no fundo do armário
Livros marcados e selos colecionados
Os selos não eram meus, e nem sei o que estão fazendo aqui
Nunca marcaria um livro
Mas desenhei nos poemas
Flores tristes e opacas, com linhas mal definidas
Talvez haja até um leve ruído em minha mente
da música que escutava à época.
A garota não suportou o próprio disfarce
e os métodos que ela usou para tentar fugir de si mesma
Parecia tão fácil olhando de fora
Mas descobri que não era
E não apenas para mim
Ela confessou
E agora eu tenho medo de minhas máscaras caírem também
Tenho medo dos meus segredos
E das expectativas que não atendi.
Então, é isso
O alheio...
Olha o que você fez comigo.

21 de março de 2010

Outono


"Quero apenas cinco coisas...


Primeiro é o amor sem fim

A segunda é ver o outono "

Pablo Neruda

A terceira envolve o inverno, então isso a gente deixa pra mais tarde.
Há neblina lá fora e isso basta por enquanto. Mais uma estação do ano...

20 de março de 2010

Procurava um Marido e encontrei um Cachorro

Acabei de acabar. Mais nenhuma cena emocionante nem nada do tipo. Parece que depois que as coisas vão tomando um rumo previsível, o desfecho é tão rápido. A protagonista, em meio a tantas confusões, encontrou seu par ideal e pronto. Cabe a você imaginar o resto. O que acontece com a mãe, com as amigas... As coisas corriqueiras de sempre. Elas continuam, entende? E essa coisa de se escrever o que vem a cabeça, é, acho que vem daí. Desse livro. Que às vezes me cansava, não por se chato, só por ser bem dia a dia mesmo. Mas aprendi muitas coisas. Acho que me identifiquei com Ginger mais do que imaginei que poderia. Além dos peitos pequenos, vi a confusão na cabeça dela. Ei, quem disse que aos 17 já se deve saber que rumo tomar? Ela, aos 31, não sabia. Nnão que eu deva seguir o exemplo. Convenhamos que ela passou por poucas e boas, o que sempre me fazia lembrar "Sua vida parece injusta? Olha que poderia ser bem pior...", mas no fim, ela tem uma boa história para contar. Uma, história, aliás, que eu adorei. Bem Nova York mesmo. Ttenho consciência de que desfrutei de bons momentos lendo esse livro. Marcou época na minha vida, com certeza. Meio comprado ao acaso, só para aproveitar a promoção... Já não é tão a cara dele? Ah! É preciso ler para saber o que eu estou sentindo agora. Pode ser que esse efeito decaia apenas sobre mim também, eu não sei. O que eu sei é que não adianta perder tempo tentando ser quem você quer ser. Seja você mesma. Não adianta ficar lutando contra você, pois enquanto você o fizer vai parecer que o mundo também faz. Caraca, ela gostava de ficar sozinha. Mas no final das contas, ter sempre alguém por perto não pareceu má idéia...

PS.: Ah! Sim, sim, antes que eu esqueça! Só achei que ficou faltando uma piadinha sobre ela, Ginger, e Rocky. Ei, A Fuga das Galinhas! Fala que quando você lê Ginger pela primeira vez na orelha do livro não se lembra do filme das galinhas? Ainda mais quando ela vai salvar o galo...
Enfim.
Não, eu não esperava acabar esse livro hoje. Foi uma surpresa, como tudo no decorrer dessa leitura.

14 de março de 2010

Meu caos

O começo geralmente não é difícil, o que exige um pouco mais é manter o rebolado (não o rebolation!) no decorrer das coisas. Mas como esses são tempos de acontecimentos inesperados, acho que essa lógica não conta...
Eu falo sobre escrever. Sobre viver. Não, não estou no meio de uma crise existencial nem sob efeitos pós-inferno astral, se é que isso existe. Eu queria era escrever uma história, mas parece que até para isso as coisas andam travando um pouco. Falta a... essência? Falta algo. Talvez seja mais de uma coisa, eu não sei. Vitaminas, provavelmente. Os cabelos caindo um pouco, as unhas ficando fracas, as horas de sono poucas. Mas, vai além disso. Di Caprio envelheceu, Barbie já está com 51, Avatar não ganhou como melhor filme. Enquanto eu lia o texto de apoio para uma redação custei a acreditar que lia justamente sobre essa inquietação disfarçada que ando sentindo. Não é ansiedade, não é impaciência. É só uma sensação estranha. Meio falta de raiva por acontecimentos inesperados, meio falta de alegria por ter coisas que já desejei tanto e que agora não são mais tão importantes. É como me deparar com um novo eu. Com uma nova realidade, onde o sol é mais forte, o calor mais intenso, os carros mais velozes, a poeira direto nos olhos.
Pensei com meus botões: falta uma razão para tudo isso, uma razão para continuar na rotina. Faltam planos. Até agora tudo o que eu tive foram sonhos. Só que não se pode sonhar para sempre.
Cheguei a um ponto onde espera-se que eu saiba o que fazer. Só que eu não sei. E aí? Sigo o fluxo? Vou atrás de possibilidades para conseguir o que sempre quis? E se ao chegar lá eu descobrir qeu essa pe só mais uma daquelas coisas que deixam de ser importante? E a famosa pergunta: "como seria se eu tivesse tentado?", e todas as expectativas que têm de mim, e mais ainda, e todas as expectativas que eu mesma tenho sobre mim. Caos. Tudo bem, eu tenho o direito de ficar confusa, da mesma maneira que o computador temo direito de querer dar pane, como está acontecendo agora. Só que isso não é algo muito agradável. Não quer dizer que as coisas não vao melhorar depois, mas é uma fase estranha para se passar. Eu tenho razões insanas que me fizeram acordar. Mas é isso, para qualquer lado que eu olho só há isso. Cada vez mais fundo na loucura. Cada vez que penso estar agindo com mais racionalidade, com a lógica correta, me descubro querendo dar as mãos para a insanidade de novo. Concluo que não existe certo e errado. E essa bagunça toda não impede que as coisas saim bem, pelo contrário. Está tudo acontecendo bem e normamente, seja lá o que for normal. Só falta que eu me dê um motivo, uma meta, um incentivo, ao invés de esperar isso de alguém.
Não, não era isso que eu esperava dessa época da minha vida, mas quem disse que a vida entrega as cartas que você espera receber?...

7 de março de 2010

Reflexos do passado

Sonhos quebrados enquanto subo a avenida da Realidade
À época ela não era tão curativa
Era apenas amarga e estranha
Com galhos de suas árvores
machucando a mim enquanto
caminhava submersa em meus devaneios
Música
A voz que canta enquanto fala
No simples atender de telefone
Você tentou me ensinar as notas dessa canção
Mas acho que criei uma bolha
Só que essa bolha era transparente
e me deixou ver por momentos
que nunca pensei viver
Aqueles poucos minutos gastos
criaram configurações que nunca se apagarão
Não importava o sol ou a tempestade lá fora
A cidade abaixo de... nós?
O que fomos "nós" afinal?
Minha vida cheia de amores lacunares
Espaços vazios entre nossas cadeiras
Ar preenchido por sons que
algum tempo depois se entreleçavam
Ritmos iguais
Um pouco de tudo ali.
Será possível ter aprendido apenas uma lição
Depois de tantos encontros?
Anos consecutivos
Presa a coisas às quais eu realmente queria estar
E quando tive que partir, chorei
Levarei para sempre as marcas que
aqueles dias deixaram em mim
Não se preocupe
Colocarei sempre em prática as lições
que um dia você me ensinou.