31 de janeiro de 2010

Familiaridades

Ao me deitar senti aquela felicidade incontida. Era diferente de tudo o que já havia sentido antes, uma coisa mais... Apenas alegria. A sensação de uma amizade, alguém para contar, alguém para conversar sem as famosas "segundas intenções". Meu irmão não é nada que eu imaginei, é real e melhor, um cara comum em quem eu vi coisas de mim. Acho que sempre fui mais do tipo "o meio determina o indivíduo", mas confesso que a partir do momento que constatei certas coisas ontem, comecei a questionar até que ponto a genética pode interferir. Moramos na mesma cidade por muito tempo, estudamos na mesma escola outro bocadinho de tempo, viajamos para os mesmos lugares, mas nunca nos conhecemos (do jeito que a minha sorte é boa, a gente nem deve ter se topado direito na vida), mesmo sendo filhos do mesmo pai. E mesmo assim, características minhas lá, características que pelo visto vieram nos cromossomos... Não só os olhos ou traços dos lábios. Havia maneirismos lá, gostos, aptidões. Diferenças óbvias também. E no fim, erámos (somos) apenas pessoas comuns satisfazendo vontades de criança e comendo uma pizza, conversando, enfim se conhecendo. Então, foi isso. Até a próxima!