14 de dezembro de 2011

O sol

Ontem foi nosso primeiro encontro. Muitos ainda virão pelo visto, mas não me importo. É algo que gosto de fazer. Já me senti aliviada com aquela uma hora de desabafo, com as pinceladas de humor entre minhas frases.
Logo que entrei no consultório, me deparei com vários brinquedos e por um momento pensei que tivesse marcado horário com a pessoa errada. Até que ela me conduziu para o outro lado da divisória e estávamos em um ambiente muito confortável e simples. Sofá e duas poltronas, almofadas e janela aberta para o fim de tarde pós chuva. Eu já havia ido preparada para isso sem saber. Tirei meus chinelos e cruzei as pernas sobre o sofá, lugar onde escolhi sentar. Gostei disso de escolher meu lugar.
Das coisas que conversamos, uma eu gostaria de compartilhar. É o que ela diz a todos os paciente (me perguntei se para as crianças também, mas enfim...). Todos somos como o sol e cada raio é um papel que temos: filho(a), homem/mulher, estudante, vizinho(a), amigo(a), namorado(a), ou não... E não dá para ser sem nenhum desses raios, senão o brilho não é o mesmo.
Não espere que ninguém seja seu sol, deixe seus próprios raios brilharem, todos eles.