22 de agosto de 2008

Reminiscências...

Os dias passasm e passam e eu definitivamete penso que gostaria de ter sempre por perto um fiapinho de internet pra poder vir postar a inspiração do momento. Quando tudo, de uma semana inteira, se acumula em um minuto só, é difícil explicar. Por isso me vejo obrigada a focar-me no que me toca a mente agora.



Têm dias em que o passado volta à tona na memória. Que bom que são coisas boas. A sensação é ótima, sabe? Não sei, e estranha também, mas há pouco segundos descobri porquê. Creio que é inédita para mim. Chega a hora em que e olho pra trás e vejo que eu construi uma história, uma boa história, apesar de tudo.

Vou explicar a estranheza. É que eu sempre fui uma pessoa muito sonhadora, que vivia no mundo da lua. Eu sempre sonhava com algo maior porque o que eu estava vivendo nunca era realmente feliz. É que a verdade é: eu não vivia. E aí, a partir do momento que passei a viver, comecei a contruir minha história. Claro que os devaneios também fazem parte dela, afinal de contas, eles também "aconteceram", eu gastei momentos com eles. Gastei minutos, horas, dias, meses, anos...

Eu lembro das antigas amizades, algumas que, de certa forma, não são antigas, porque permanecem até hoje. Lembro dos antigos amores. Os primeiros, os fracassados, os eternos, os impossíveis... Lembro das esperanças que morreram em meio a realidade. É, esses são os sonhos. Os sonhos que eu perdi, que me machucaram, mas que me fizeram aprender e cederam lugar aos novos. "Primeira estrela que eu vejo, realiza o meu desejo..." Eu ainda falo isso quando vejo a primeira estrela no céu do entardecer, mas o pedido mudou. Acho que o que faltava não falta mais.

Eu lembro de coisas que eram comuns pra mim antes, e agora, me parecem um absurdo. Ou um pouco menos, "absurdo" é uma palavra muito forte, mas, enfim, coisas que são um choque com a minha realidade. Eu desço e subo aquela avenida, hoje em dia, com outros pensamentos.

Às vezes, dou de querer começar a sonhar de novo. Sei me frear. E o que era sonho passado, me vem à cabeça como uma boa lembrança, não como um fracasso, algo que não deu certo. Porque eu aprendi. Não sei se com as mentiras, se com os erros, não sei, mas eu aprendi. Chegou o que estava faltando: a melhor maneira de encarar a realidade.