28 de março de 2010

Alheio

Eu procurava alguma coisa para postar e achei esse pseudopoema. Pelo visto, essa não é a primeira vez que procuro em outros tempos algo que pareça bom o suficiente para postar. Por que o alheio tem sempre mais valor?...

Alguma coisa que não é do passado
Que é espôntanea do agora e do meu eu atual
Por que às vezes só o alheio tem valor?
Achei poemas velhos e amassados no fundo do armário
Livros marcados e selos colecionados
Os selos não eram meus, e nem sei o que estão fazendo aqui
Nunca marcaria um livro
Mas desenhei nos poemas
Flores tristes e opacas, com linhas mal definidas
Talvez haja até um leve ruído em minha mente
da música que escutava à época.
A garota não suportou o próprio disfarce
e os métodos que ela usou para tentar fugir de si mesma
Parecia tão fácil olhando de fora
Mas descobri que não era
E não apenas para mim
Ela confessou
E agora eu tenho medo de minhas máscaras caírem também
Tenho medo dos meus segredos
E das expectativas que não atendi.
Então, é isso
O alheio...
Olha o que você fez comigo.