27 de setembro de 2009

Cosme e Damião

Ler ouvindo:

Mr. Brightside (acoustic) - The Killers


Sitting, Waiting, Wishing - Jack Johnson


Só fui me tocar que dia era hoje quando bati o olho no pacote de Ferrero Rocher em cima da mesa da cozinha : "Mãe! O que aquele chocolate tá fazendo em cima da mesa?!" (É que estamos de dieta; estamos sempre de dieta, mas essa é pra valer.) "É que hoje é dia de São Cosme e Damião", ela respondeu. "Só hoje. Um pra mim, um pra você e um pra cachorrinha."
Eu tive que concordar. Primeiro, porque não se desperdiça um Ferrero Rocher, e depois porque lembrei muito da minha vó. Quando eu era pequena ela sempre comemorava essas coisas. A gente punha doces no jardim e em baixo da árvores perto do rio. Ela comprava um monte de doces para dar para as crianças carentes. Claro que eu acabava ganhando uns também. Era tão bom!


Sem biografias extensas, só para constar, Cosme e Damião foram santos gêmeos. Do jeito que a minha avó contava, eu sempre os imaginei como duas criancinhas. Segundo a Wikipédia eles foram médicos (uau!), inimigos do dinheiro, ou seja, não cobravam por sua assistência.
Não, não sou religiosa fervorosa. As crenças que tenho herdei da minha avó, numa miscelânia de hábitos. Quando penso em comemorações assim, lembro de uma infância doce, da generosidade que ela tinha com os outros e de mais uma porção de coisas que criam uma atmosfera aconchegante na minha mente.
Também havia o dia, eu me lembro, em que a gente fazia comida para dar para os cachorros. Esqueci o nome desse dia, mas era legal. Era um dos que eu mais gostava porque sempre gostei de animais, principalmente cachorros, e adorava dar macarronada para eles.
Pensando nisso percebi que é assim que eu quero que seja meu halloween* este ano: com gostinho de infância.

*tenho o costume de comemorar essa data