
Ela tem várias dores que só dizem respeito a ela, mas eu as tomo, mesmo assim, mesmo sem a intenção. Não aceito sem dor e alguma atitude ver alguém que eu amo sofrer. E no fim das contas é isso: família e complexidade. Não é fácil nos manter unidos por laços de obrigação com pessoas com as quais não temos afinidade. Também não deve ser fácil querer criar esses laços e não ser correspondida, como aconteceu com ela. Seria muito mais fácil se tudo fosse visto de forma mais simples e verdadeira, sem que tentássemos mascarar sentimentos para fingir uma boa convivência.
Toda a chamada “magia do Natal” que eu pude quase respirar ontem pela manhã se foi. Não resta nada hoje, apenas um dia estranho e amorfo, opaco, abafado, inerte. O dia é tudo isso, eu sou tudo isso, nós somos tudo isso: esse nada que espera, espera, espera...
Apesar de muitas famílias enfrentarem problemas parecidos (e mesmo para as que não enfrentam), eu desejo um Feliz Natal a todos, repleto de sinceridade, esperança e felicidade. Porque mesmo que para cada pessoa esta data tenha um significado diferente, somos movidos por sentimentos e se não houver verdade neles acho que todo o resto perde o propósito...