19 de junho de 2010

Eu sou essa pessoa a quem o vento chama,
a que não se recusa a esse final convite,
em máquinas de adeus,sem tentação de volta.


Todo horizonte é um vasto sopro de incerteza:
Eu sou essa pessoa a quem o vento leva:
já de horizontes libertada,mas sozinha.


Se a Beleza sonhada é maior que a vivente,
dizei-me: não quereis ou não sabeis ser sonho?
Eu sou essa pessoa a quem o vento rasga.


Pelos mundos do vento em meus cílios guardadas
vão as medidas que separam os abraços.
Eu sou essa pessoa a quem o vento ensina:
Agora és livre, se ainda recordas


Cecília Meireles


Eu fiquei devendo um selo. Gostaria, primeiro, de me desculpar pela memória e pela ausência. Tem tudo andado tão diferente...


Esse selo pede que eu diga algo que considero mágico e uma imagem para ilustrar:
Confesso que fiquei dias pensando nisso. Se fosse em outros tempos, acho que encontraria milhões de coisas que seriam mágicas, mas a realidade tem se mostrado mais crua. Mesmo assim, em meio a todo isso, considero a música algo mágico. Pode parecer algo banal, mas é ela que faz a gente "viajar na  maionese" muitas vezes, é ela que nos tras inspiração, alegria nos momentos tristes e ritmo nos momentos felizes que pedem dança; a música pode ser usada para combate social, para expressão, pra nada ("créu, crééééu..."). Ela é tão parecida com o homem, atende a todo tipo de anseio, é poesia que vai além das palavras, está nas notas, na essência. Não sei se posso explicar, só sei que de tudo o que já vi por aí (falou a experiente!) a música é o mais próximo de mágico que já consegui sentir.
O selo é da Vicky e eu indico para os mesmos blogs do post passado.
Beijos!