12 de outubro de 2011

Outubro corre solto, assim como aconteceu com setembro. O nono mês realmente passou bem mais rápido do que o atual. Outubro sempre teve muito a me dizer, mas eu gostaria de ignorar isso agora e falar além dos meses, meros panos de fundo.
Ontem me peguei fazendo um trajeto invertido, digamos assim. "Boa viagem de volta para casa", desejaram-me. Embora já esteja internalizado, eu ainda me surpreendo quando percebo que deixo a cidade que por tantos anos foi minha casa para vir para esta nova cidade, que no momento é lar. Depois de passagens compradas e tudo planejado,  bateu o arrependimento, a vontade de ficar mais um dia. Bateu a tristeza por não ter visto todos que queria. Mas se na ida, durante a viagem turbulenta, eu duvidei se tudo aquilo valia à pena, na volta eu tive a certeza de que sim. 
No domingo parecia mais que meu pai queria se ver livre de mim. Assim que desembarquei, uma das primeiras perguntas foi se eu já iria direto para a casa de minha amiga. Mas acho que tudo aquilo não foi por mal, é só que temos tão pouco contato que passar muito tempo na casa dele seria até constrangedor, o assunto acabaria logo. Nesse dia também foi o batizado da minha queridíssima irmã (eu não falei dela em nenhum post, mas não estão perdendo nada). Talvez ele também tivesse algum compromisso vespertino com relação à ela.
Mas o importante é que é muito rever as pessoas queridas de novo e conversar com elas frente à frente de novo e não por e-mail.
Claro que nem com todos a relação continua igual. Existe uma amiga, por exemplo, que sempre será querida, mas duvido que as coisas voltem a ser como eram antes. Nos afastamos muito, por ela e por mim e agora ela se tem outras pessoas para se espelhar e tem o dom de excluir quem não faz parte dessa referência. Ela escolhe os amigos preferidos. Guardo com carinho, então, nossas tardes divertidas de alguns anos atrás.
Parece que alguns amigos estão tentados a vir para o "lado negro", leia-se: querem desistir de seus respectivos cursos e fazer psicologia também.
O calçadão (minúsculo) da cidade está em reforma, junto com o parque das crianças (cortaram o barato delas hoje, né?)... Esta viagem concretizou uma dúvida que eu já tinha: será que algum dia minha mãe voltará mesmo a morar em lá? Tanta coisa mudou ultimamente, talvez ela goste daqui ou encontre uma cidade melhor para ela. Talvez eu apenas faça essa viagem sofrida por anos e anos, com grandes intervalos, para ver os amigos apenas (como se fosse pouca coisa) e depois volte para casa, num rumo totalmente inesperado por agora.

PS: E como não podia deixar de ser, Feliz Dia das Crianças para todos que já foram criança um dia, e para aqueles que ainda insistem em ser de vez em quando...