15 de outubro de 2009

Tarde de chuva silenciosa

Antes que escureça...
“A imaginação da pequena vila no interior da França, o aroma de molho na cozinha, a monotonia da vida virtual, lágrimas silenciosas no interior de uma sala semi-iluminada, o tráfego do alto de um prédio...”

Eu vi um filminho legal hoje. Pelo menos você não corre o risco de passar filme de ação na semana das crianças. Não foi ontem que passou Bambi?...
Bom, eu vi o filme de hoje, mais ou menos do meio pra frente. Até me apavorei. Só porque hoje comecei um diário virtual me passa um filme em que o diário de uma garota é publicado por acidente. OK, ela acabou virando uma celebridade, o que foi bom em certos aspectos. Sempre os mesmo problemas, a fama faz você perder os amigos, ganhar uns falsos, conquistar o garoto perfeito (ou pelo menos o que você achava que era perfeito...). Aquele amigo dela, o Connor, não tinha uma carinha de Rupert Grint? (A garota aqui é viciada no ruivo...) Assim, só um pouquinho, quando ele fazia aquela carinha de decepção?
Voltando à Terra, esses filminhos de Sessão da Tarde distraem bem a gente numa tarde de chuva silenciosa. E diários são legais. Eu gosto de escrever diários. Nos últimos tempos comecei vários, mas privacidade sempre foi algo difícil pra mim, já que tem sempre alguém vasculhando as minhas coisas, querendo descobrir sempre as entrelinhas, não vendo que, o que está num diário, é porque eu não quero dividir com ninguém. Cheguei a inventar um alfabeto (coisa de criancinhas, não?). Mas até que foi legal. Ele é super-prático. Mas não me sentia expressar completamente.
Mesmo que digitar não tenha a mesma mágica de escrever, é mais rápido e, digamos que se adéqua mais aos tempos modernos. Vamos ver se esse diário virtual dá certo. É que geralmente acaba não funcionando muito bem, sei lá por que.
Eu encontrei o pianista ontem. Foi tão casual. Tão do nada. É estranho escrever sem paixão. Mas as coisas saem também. E saem bem. Mais do que bem até. O estranho foi que, ao invés de criar uma atmosfera para “fugir” da vida real, da dor ou do abandono, que já não aparecem por um bom tempo, eu criei um ar que projetava o meu ambiente real. E tive hoje a mesma intenção. Colocar minha vida no livro, ao invés de idealizar e viver naquelas páginas tudo o que eu sonho? Colocar essa minha vidinha em teclas de marfim, nas páginas coloridas? É, a minha vida. I like to be who I am.