31 de agosto de 2009

Metas

Talvez uma pessoa com um pingo de bom senso, depois de uma nota daquelas, começasse a estudar como uma condenada, na esperança de, o que?, fechar a próxima prova? Que seja... Mas para ser sincera, logo depois do almoço, com a ccabeça meio quente, raiva e nem um pouco de vontade de estudar, devorar livros e gastar cadernos e cadernos fazendo anotações não vai adiantar muito... Eu tenho a leve suspeita de que estou tentando reprimir um desespero profundo por ter tirado apenas 5% da nota. Esperando um milagre? Bom, as vezes a gente mesmo se surpreende. Como ainda tenho metade do resultado pra receber, talvez seja compreensível que ainda não tenha entrado em colapso.
De qualquer maneira, isso não significa que vou continuar reagindo assim pelas próximas semanas. Essas coisas exigem esforço diário, pequenos passos a cada novo dia. Eu vou estudar (pareço aqueles alunos desleixados falando....). Mas é verdade. Eu vou. E nem que tenha que tentar novos métodos, e mesmo que essa matéria seja um saco. Eu não garanto que não vou chorar, que não vou ter medo... Provavelmente vou passar por isso, mas essas coisas não vão afetar a determinação em continuar lutando.
Eu sei. É só uma nota. Escola é só uma parte da minha vida. O problema é que essa parte acabou por desorganizar todas as outras, ao ponto em que o que era pra ser prazer e distração, como tocar violão, acabou virando uma obrigação. E eu não quero isso. Eu quero tocar aquelas cordas e sentir alívio por estar me expressando; vontade real de conseguir tocar uma música e sentir aquilo, aquilo que a gente sente quando se envolve com uma música; quero ter liberdade pra compor; e não sentir um peso na consciência porque lembro que ainda tenho que treinar. Eu quero olhar pr'aquela gramaticazinha de francês e ter vontade de estudar e melhorar minha pronúcia. Tirar um dia para praticar com a minha colega de curso e ver aquilo como uma diversão, como já foi um dia.
Uma vez me disseram que é preferível fazer poucas coisas, mas bem feitas, do que querer abraçar o mundo e não fazer nada direito. E é isso que eu venho tentando fazer: abraçar o mundo. Então eu venho tentando fazer as coisas, mais por fazer do que me importando se elas vão sair bem feitas ou não... Porque eu sei que é uma questão de tempo para ter que desisitir de alguma(s) coisa(s). Porque a pressão é muito grande e de tempos em tempos eu explodo. A verdade é que a gente sempre olha o passado, querendo que as coisas sejam como já foram um dia. Agora eu quero que elas sejam melhores. Então lá vou eu. Antes de (argh!) desistir, eu vou tentar realmente. Por que a gente sempre se surpreende com a gente mesmo.