"Os humanos são seres que buscam a felicidade.
O que o jovem Briatannian, Lelouch, buscava... Era só um pouco de felicidade.
Nada tão especial,
O estopim para todas as suas ações... Foi esse pedacinho de desejo que há em cada ser humano.
Esse sonho... Esse juramento... Quem poderia negar-lhe isso?
Existe alguém digno de fazê-lo?
E mesmo assim... As pessoas são julgadas por estarem unidas a outros e ao mundo, querendo ou não.
Este é o destino.
Então... Quando as vontades de alguém são opostas ao desejo do mundo, tal pessoa será tratada como inútil, somente uma existência vaga.
Pecado e punição.
Destino e julgamento.
O que está impedindo o Lelouch é...
O passado que ele criou.
Tal ódio faz parte da natureza humana??
E mesmo apesar disso...
Ele deveria sentir-se grato?
Sim... Pelo menos...
As pessoas são seres que buscam a felicidade.
Um brilho de esperança... Um desejo vago...
Só pode nascer do desespero."
Não espere que ninguém seja seu sol, deixe seus próprios raios brilharem, todos eles.
14 de maio de 2011
La fin
Retiro a fita roxa da última página do livro depois de tê-lo fechado. Roxo faz um contraste não muito belo com o marrom do livro, mas é exótico, traz alguma coisa de mágico, assim como Chocolat. Foi este aspecto, afinal, que me encantou desde o princípio.
Terminei um pouco tarde este ano. Quando os ares mornos de outono já se foram. É sim um prévio verão antes que meados de maio chegue e o inverno comece a mostrar-se. Muito latente em casa, quando olho pela janela e vejo o céu de um azul intenso e só. Ou mesmo quando há nuvens, vai além do que pode ser visto. É a solidão que eu sinto sentada à mesa de madeira escura, diante do computador sem objetivo, é o vagar de um lado a outro da casa, é o vento gelado que bate na face quando estou em companhia, mas sozinha. É ver prédios e casas por sobre o muro e continuar aqui em baixo olhando, ou distante, mesmo diante do muro, só olhando. É uma névoa branca que me acompanha onde quer que eu esteja. Mesca os horizontes que um dia foram outros. Agora são apáticos. E por um momento eu me vejo esperando agosto ansiosamente para que isso passe. Vejo-me necessitada de amigos que me façam virar as costas para essa sensação, novidades que tragam emoções mais quentes à tona.
Procuro me rodear de vermelho, amarelo e laranja para me sentir mais alegre. Fico ao sol em busca de calor, pois onde ele nao está o frio emana de mim mesma.
Sou toda nostálgica. Olho o chão da cozinha e a maneira como a luz se reflete nele e lembro de anos atrás. A pequena agitação do centro da cidade, pessoas para conversar em lojas de onde não dá para ver o sol. Éramos uma pequena sociedade naquele condomínio. Aquilo acabou. Hoje entro lá e já não é mais tão claro, embora tenha sido adornado. É um lugar estranho, com pessoas estranhas, mas por alguns instantes, aqui em casa, eu queria tanto voltar a ter tudo aquilo à minha volta, da maneira que era antes. Foram uma espécie de tempos de auge, convívio com pessoas, novo sentido de vida para ela, talvez para mim também.
E acabar um livro é assim, querer voltar depois de ter passado tanto tempo naquela mesma atmosfera. É como não pertencer a lugar nenhum, nem lá nem cá, nem nas páginas nem na realidade. É como ter os ventos mudando e não saber o que fazer.
10 de maio de 2011
Formatura
Já faz alguns meses, mas às vezes a saudade bate e acho que um momento tão importante que permanece no coração e na memória não tem data de validade para ser expressado.
Esse é o texto que a oradora da turma leu naquela noite, e eu quase posso voltar no tempo...
Prezados alunos, professores e convidados,
Atravessamos, nesta noite, uma etapa muito esperada em que concluimos o ensino médio e nos preparamos para a universidade, onde seremos mais independentes e, espero, mais responsáveis. Nesta travessia é preciso dizer adeus aos educadores, que nos auxiliaram no crescimento intelectual e na formação do caráter; aos amigos, que participaram das nossas alegrias, tristezas, momentos de indecisão e comemoração e aos pais, que terão de nos deixar voar e alcançar nossos objetivos por nós mesmos.
Referindo-me às palavras de Fernando Pessoa, de modo oportuno ao que enfrentaremos e ao que almejamos, cito “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”. E que nós façamos uma obra da qual nos orgulharemos e daremos uma contribuiçao ao país, sendo futuros profissionais do direito, medicina, engenharia, psicologia, comunicação social, administração, biologia, relações internacionais e arquitetura.
Para nossa progressão acadêmica e posteriormente profissional, são necessárias despedidas e, após isso, muitas vezes olharemos para o lado e sentiremos falta dos rostos que participaram da nossa rotina. Dos amigos que fizemos é possível que não tenhamos mais convívio, mas, com certeza, a lembrança do que cada um acrescentou em nossas vidas ficará e o saudosismo permanecerá.
Agradeço, com a certeza de que a caminhada até aqui não foi vã e que nos preparou para a vida real que muitas vezes pode ser dura e cruel. As amizades que construímos este ano, assim como as que virão, terão papel de auxiliadoras nas decisões que tomaremos no decorrer de nossa existência. E que saibamos ponderar cada escolha nossa a partir da liberdade que temos agora, assim como nas palavras de Fernando Anitelli, “cada sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser” e nesta noite, conjugo os verbos amar e vencer!
Atravessamos, nesta noite, uma etapa muito esperada em que concluimos o ensino médio e nos preparamos para a universidade, onde seremos mais independentes e, espero, mais responsáveis. Nesta travessia é preciso dizer adeus aos educadores, que nos auxiliaram no crescimento intelectual e na formação do caráter; aos amigos, que participaram das nossas alegrias, tristezas, momentos de indecisão e comemoração e aos pais, que terão de nos deixar voar e alcançar nossos objetivos por nós mesmos.
Referindo-me às palavras de Fernando Pessoa, de modo oportuno ao que enfrentaremos e ao que almejamos, cito “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”. E que nós façamos uma obra da qual nos orgulharemos e daremos uma contribuiçao ao país, sendo futuros profissionais do direito, medicina, engenharia, psicologia, comunicação social, administração, biologia, relações internacionais e arquitetura.
Para nossa progressão acadêmica e posteriormente profissional, são necessárias despedidas e, após isso, muitas vezes olharemos para o lado e sentiremos falta dos rostos que participaram da nossa rotina. Dos amigos que fizemos é possível que não tenhamos mais convívio, mas, com certeza, a lembrança do que cada um acrescentou em nossas vidas ficará e o saudosismo permanecerá.
Agradeço, com a certeza de que a caminhada até aqui não foi vã e que nos preparou para a vida real que muitas vezes pode ser dura e cruel. As amizades que construímos este ano, assim como as que virão, terão papel de auxiliadoras nas decisões que tomaremos no decorrer de nossa existência. E que saibamos ponderar cada escolha nossa a partir da liberdade que temos agora, assim como nas palavras de Fernando Anitelli, “cada sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser” e nesta noite, conjugo os verbos amar e vencer!
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