2 de julho de 2011

Balanço

Então é mais um mês que chega ao fim. Junho. Chegou rápido, foi-se mais ainda. Este ano o fiquei com medo do inverno quando ele foi se aproximando. Mas mesmo que lá fora esteja frio, já esteve mais. Ter pessoas com quem compartilhar essa estação torna as coisas menos geladas. Amigos, fonte de decepções, mas as alegrias são maiores, sem elas a gente não vive.
Agora julho chega e eu fico com a sensação estranha de que algo vai acontecer. Espero que seja bom. Espero que seja ótimo. Junho foi um mês estressante com todos esses detalhes de fim de período. Meu primeiro fim de período. Alguns momentos passaram em branco, outros foram bem aproveitados. Foi um mês em que conheci novos lugares, novas músicas. Parece que estou longe de casa há um mês. Engraçado como cada dia conta, ao mesmo tempo que não. A rotina permanece, mas cada semana parece durar o que realmente vale, o tempo não passa.
Ontem, andei pelo pátio no fim da tarde antes da última aula. Céu já lilás de fim de dia, uma árvore solitária pela qual passei. Seus galhos espaçados e folhas largas, e ouço a música. Um violão que vem de longe toca uma música tranquila e leve. Todos tão relaxados ali. Humanas. A vida tinha que ser assim, leve. Encarada assim, como é por essas pessoas que fazem música despreocupadamente.
Andando por ali percebi que já me acostumei com o campus. Perguntei-me se vou sentir saudade nas férias. (Hmm... será?) E quando eu terminar o curso? Ah, com certeza sentirei, mas falta tanto. Quando eu chegar lá esse momento de ontem fará parte de um passado tão distante...
Metade do ano já foi. Esses últimos meses foram de adaptação, decisões difíceis, idealização de sonhos, concretização de outras realidades. Sinto que mudei de alguma forma, e não exatamente de um jeito bom. Perdi alguma sensibilidade, enquanto outras que poderia ter perdido não perdi. E ao mesmo tempo que sinto falta daquele ambiente escolar, agora ele parece muito mais distante do que antes e essa é minha nova realidade, é minha nova vida. E ainda há tanto para ser feito, tantas páginas de trabalho para escrever. E queria que fosse simples como escrever um post (mal escrito como esse, mas simples). 
Acho que há tanto o mais para colocar nesse balanço de meio de ano. Mas já é tarde. Melhor só viver. Como se fosse .