18 de junho de 2012

Amor de verão/Verão no campo

Nunca terminei de escrever esse texto. Mas já que é assim, que tal vocês darem uma sugestão de final? Depois eu conto se foi isso mesmo que aconteceu... E não reparem o clima de chuva e frio. Mas podem acreditar: aconteceu no verão. E como foi no campo, acho que nada mais justo do que fazer desse post uma junção com o próximo item também.

Torta e truta
Já tinha ouvido falar dele. O nome é o mesmo de outros que já foram importantes na minha vida. Vou chamá-lo, aqui, de C. Ele é amigo de uma amiga, e amigo apenas virtual de outra. Fotos já tinha visto, mas nada que chamasse muito minha atenção. O fato é que tudo o que já sabia dele não importava mais no momento em que meus olhos caíram sobre a figura. Avental verde-escuro, minha estatura, cabelos negros, olhos espertos, sorriso largo, esbanjando simplicidade e humildade. Ele é do tipo raro que tenta preservar o sentimento de uma garota, mesmo que não esteja aguentando mais o relacionamento, é carismático ao ponto que você até o odeia um pouco por não saber se está dando bola para você ou é assim com todo mundo, estuda engenharia civil e trabalha em um restaurante nas férias. Nota-se que é mais velho alguns anos. Perguntei a minha amiga sobre isso. Ela foi breve sobre ele ter parado de estudar por um tempo, só se conheceram no último ano de escola. Curioso ele, foi minha avaliação de primeiro momento. Digno de atenção. Fui a última a ser cumprimentada na roda, mas devidamente apresentada. Das vezes que se aproximava da nossa mesa para conversar rapidamente, ele não me pareceu nada do que minha amiga contava. Um pegava o outro olhando. E ele sempre simpático, atento a todos. Prestativo também, cumprindo seu trabalho. Não, ele não devia ser bem daquele jeito que ela dizia... Deixei saber minha paixão por doces. Embutido ali estava o desejo de um próximo encontro, e assim aconteceu. Um jantar foi combinado para aquela mesma semana.Truta, torta de limão e aquele friozinho na barriga. Ao deixarmos o restaurante, eu tinha consciência de que podia estar enganada sobre algumas coisas, mas isso pouco importava. Tudo o que eu quero é viver.

Sexta-feira, fria e chuvosa. Casaco de lã, tirado com toda a determinação para um banho quente. A água caindo sobre os cabelos, lavados com um shampoo de cheiro doce. Tutti-frutti. Confesso que foi um alívio me ausentar do quarto para cuidar de mim, já que lá eu era como uma peça a mais,reinava  um clima de paquera em que eu não estava incluída. Então deixei os dois a sós para me preparar para mais tarde. Carícias leves e um beijo foram trocados ali. Eu sabia que isso iria acontecer mais cedo ou mais tarde. Esperava que acontecesse comigo também, não com a mesma pessoa, claro! Não com muito custo consegui secar meu cabelo conseguindo um resultado que me agradou bastante. Milagre! As coisas pareciam ao meu favor... De volta ao meu casaco de lã e meias, troquei os brincos. Dourado, é alegre e acolhedor, ilumina.
C. ligou avisando que precisaria de chinelos emprestados, ia chegar encharcado. Realmente, não é fácil chegar Intacto a um chalé localizado a 6km da cidade, em um dia de chuva e neblina. O pequeno trajeto a pé desde o ponto de ônibus garante algum dano. Ouvi quando ele gritou do portão o nome da minha amiga. Fiquei no quarto sozinha com o ficante dela puxando algum papo, até que ela chegasse de volta com C. Ele calçava chinelos slippers azul marinho, muito maiores que seus pés. Subiu as escadas desajeitado, coitado.

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