31 de maio de 2009

Tchau, Maio...

É como voltar no tempo Eu sinto sensações que já tomaram conta de mim alguma vez na vida. O céu noblado, o clima úmido e frio e eu aqui, a onhar, embalada pela música de algum lugar distante. Em êxtase por algo que pode ser. Sonhos, sonhos, sonhos... Meus pés fugiram do chão...
É a minha fuga da realidade. É a minha maneira de aguentar o que não vai bem na vida. Eu não me culpo tanto, eu sei que não sou a única que faz esse tipo de coisa. Mas eu também sei que essa não é a melhor maneira de resolver meus problemas...
Fazer as coisas só para gerar números. Atrasar só para satisfazer meus desejos.
Eu não sei aonde isso vai me levar, mas eu gosto dessa melodia.

30 de maio de 2009

Poema de Sábado


Tenho sentido minhas amizades vazias
Tenho sentido o frio da sombra onde o sol toca
mas não aquece
Tenho sentido o tormento das sextas-feiras anuladas
e das tardes de sábado útil.

Fantasmas do meu passado vem me assombrar
Medos que eu achei que não existiam mais...
O que está acontecendo comigo?

Eu só queria uma companhia
que apertasse minha mão
e me desse um abraço amigo sempre que eu precisasse
Só queria poder desabafar minhas angústias
de uma maneira que não fossem lágrimas silenciosas
no meio da tarde

Eu fujo da realidade correndo para o piano
Depositando palavras
sobre uma tela com tinta ainda fresca
Tentando afogar a dor...
É que eu não sinto ter um ponto de escape
e uma hora
a pressão é muito grande
Eu não sei se posso suportar
sem chorar

Eu gosto de pensar que há sol
em algum lugar lá fora
Eu gosto de transformar sonhos em palavras
para que eles fiquem mais próximos
da realidade

Eu gosto quando eu paro de brigar comigo mesma
e seco as lágrimas
Quando eu sorrio para o céu
E sinto as feridas sarando.

24 de maio de 2009

Maio

"Maio
já está no final
O que somos nós afinal
se já não nos vemos mais
Estamos longe demais
longe demais..."

Esses são versos de uma múscia do Kid Abelha. Eu costumava gostar bem dessa banda. E não que eu ainda não goste, mas é que descobri novas bandas e acabei criando um gosto maior pelo internacional. Bom, engraçado como são as coisas: sempre achei essa música legal, mas só agora entendi, só agora senti o que ela diz, a sensação de velocidade... Sabe, o tempo escapando pelas mãos.
Da última vez que eu vim aqui foi para dar boas vindas a maio e agora, sem perceber, ele já chegou ao fim, praticamente. E... Bom, falando em tempo, não tenho muito para ficar por aqui hoje. Então, talvez seja melhor ir direto ao assunto. Quer dizer, mesmo que o tempo seja um assunto do qual eu gostaria de falar, eu vim aqui, antes de tudo, para postar uma coisa que eu queria ter escrito na (...)-feira.
Foi bom não ter sido logo depois dos acontecimentos, pelo menos estou com a cabeça mais fria agora. Enfim, o que eu quero dizer é simples: dediquei muito espaço desse blog para uma pessoa que não merece, dediquei muitas palavras e muitos textos para alguém que não vale nem a metade do que eu sofro, alguém que não merece as minhas lágrimas. Eu me despeço desses textos aqui e agora. Infelizmente, não posso garantir que me despedirei das lágrimas.
Não estou desistindo de um amor, eu sou cabeça dura demais para isso, mas não acho que devo deixar minha vida e meus momentos de lazer girarem apenas em torno dessa pessoa. Eu fico esperando a semana inteira por uma chance, esperando para fazer com que você me ajude a esquecer os aborrecimentos da minha vidinha banal, que sem você não tem graça... Fico esperando para me apaixonar por você de novo, toda vez que nos reencontramos e que eu ouço a sua voz. É um amor estranho, nunca experimentado por mim antes. Eu fiz as coisas serem assim. Eu realmente passei a enxergar o que eu queria, e somente isso. Então eu acho que tem horas em que é necessário ser um pouco egoísta e pensar mais em si, porque se você não pensar, ninguém mais vai pensar. Eu aprendi isso com essa pessoa. Por isso, penso que é uma dessas horas de ser egoísta e pensar mais em mim. É o que eu vou fazer.
Bom, esse é o último texto que eu escrevo para você.
I'm not gonna write you a love song... (Love Song - Sara Beirelles)

1 de maio de 2009

Sensações

Ver a quinta tornar-se sexta é incomum
Não é como a gente imagina ser
O dia termina e eu só percebo isso quando é tarde
O ar abafado e úmido... O turbilhão a me embalar,e eu, alheia a ele...

Por que não paramos de agir como crianças que não somos?
E como é não ser criança?

Eu só queria conseguir colocar no papel tudo de uma só vez e tirar esse nó da minha garganta
Queria acabar com esse aperto no coração
Escuto músicas alegres que falam de dias ruins
Mas isso não resolve o meu problema
Eu perco o rumo e a razão da existência
Dividida e perdida
Você pode me ajudar?
Queria que sim...
Mas só para fazer as coisas parecerem certas não faz sentido
Por que eu procuro felicidade onde eu sei que ela não vai estar?
Quase sei... que não vai estar

E fico querendo explicar tudo para tentar encontrar uma resposta
A pausa parece ser o problema
Mas a verdade é que o problema é a não-pausa de mim mesma
Meu cérebro não deixa meu coração falar...

Quer dividir meus sonhos comigo?
São incontáveis, mas a gente pode tentar
Quer rir comigo, olhar a lua e contar as estrelas?...
Deitar na grama e se inundar de felicidade?
Passear na trilha da vida de mãos dadas...?

Imagino o que não devia
Meus pensamentos não saem de você
Mas não posso ceder a devaneios que não são verdade
E me machucar mais uma vez

O que eu quero?


Para me despedir do mês de abril. Mais um que já passou. Tão rápido... E também para desabafar um pouco a confusão que está dentro de mim...